Apresentar uma ideia e quebrá-la, de maneira absurda ou exagerada, é um dos fundamentos do humor. Essa estrutura, para adultos, costuma funcionar a partir de contextualização verbal. No caso dos bebês, situações com objetos que eles identificam são capazes de provocar o mesmo efeito. É o que Zé Regino exercita em O concerto — palhaçaria para bebês. Resultado de pesquisa, o espetáculo circula por creches e escolas infantis até 11 de dezembro. As apresentações são restritas à comunidade escolar.
Sem dramaturgia fechada, a peça se constrói por meio de troca com o público. No palco, o palhaço Zambelê compartilha maneiras diferentes de utilizar objetos e cria melodias a partir deles. “Tem uma proposta para entrar em cena, que é um jogo, e o jogo vai chegar no resultado que for a partir das relações. Essa é uma das possibilidades da dramaturgia aberta”, explica Regino.
Para obter efeito de humor nos bebês, o artista diz se apropriar de recursos básicos. “Levantar, tropeçar, cair, calçar sapatos. Situações que eles identificam por ter vivenciado de alguma forma. Meu objetivo é fazer rir”, pontua. “Construo o espetáculo a partir de exercício relacional. Vou para as creches, observo, pego ações que eles executam. As piadas funcionam por estar ligadas a esse universo”, completa.
Serviço
O concerto - palhaçaria para bebês
De Zé Regino. Sexta-feira (28/11), no Centro de Educação Infantil Sonho de Criança (Taguatinga), manhã e tarde.
Programação em dezembro:
3/12, no Centro Comunitário da Criança (Pôr do Sol), manhã e tarde;
4/12, na Creche Sorriso de Maria (Guará 2), das 7h20 às 12h;
9/12, na Creche Comunitária da QE 38 (Guará 2), das 7h às 11h;
11/12 , na Creche Renascer e Escola Tio Pedro (Estrutural), das 7h às 11h.
*Estagiário sob supervisão de Nahima Maciel
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