
O ano de 2025 consolida Márcio Vito como um dos nomes mais versáteis e respeitados da cena artística brasileira. Com uma agenda que abrange cinema, televisão e teatro, além de premiações significativas, o ator atravessa uma fase de grande destaque e reconhecimento, atribuindo este momento a décadas de construção de relações artísticas sólidas.
Na televisão, após viver o complexo Natanael em Guerreiros do Sol — papel que descreve como "um desafio essencial para uma virada de chave" na compreensão da atuação em teledramaturgia —, o ator se prepara para estrear em Três Graças, de Aguinaldo Silva, Virgílio Silva e Zé Dassilva — que ele brinca como "absolute novela". Sua participação irá ao ar em janeiro, e ele celebra: "Ser parte de uma trama onde todos se divertem e torcem pelo melhor de cada um, em cada setor, com temas tão essenciais é um presente de fim de ano que pretendo honrar com minha força de trabalho e atuação.".
"Natanael foi, para mim, objeto de muito estudo e cuidado, sou muito orgulhoso do que pude levar ao set para as mãos do Rogério Gomes, do Thomaz e do João (diretores) e do trabalho que resultou na tela após essa fusão. Tenho ali um registro do máximo de meu entendimento na época, com toda complexidade que as mudanças da vida nos propõem o tempo inteiro. Natanael serve a história e ao equilíbrio das personalidades da trama, com um diferencial delicado entre vilania e vulnerabilidade. Estar com Irandhir Santos e Dani Barros nos extremos dessa relação, só faz tudo ser ainda mais forte e especial", festejou Vito.
Cinema e teatro
No cinema, o ator participou de três longas-metragens. Integrou o elenco de O grampo, de Luciano Moura, ao lado de Fabrício Boliveira e Jesuíta Barbosa, e Um Rio de Janeiro, de Ângelo Defanti, com um extenso time de atores consagrados. Além disso, atua e co-roteriza o novo filme de Júlia Murat, reforçando vínculo com o cinema autoral. Sobre a produção nacional, ele se diz otimista: "Vejo com muita admiração e esperança... me sinto fortalecido como artista podendo assistir e fazer arte brasileira que abranjam sensibilidades distintas".
Para o ator, este momento de visibilidade é fruto de uma trajetória de longa data. "Todo trabalho que me trouxe reconhecimento... foi, não por coincidência, fruto de relações de outros trabalhos que remontam a 20 ou 30 anos de estrada", reflete. Ele compara sua carreira a uma "casa dos sonhos... em construção", um lugar de "portas abertas" para novas colaborações.
O reconhecimento da crítica veio em peso. Márcio Vito foi o vencedor do Prêmio Redentor de Melhor Ator no Festival do Rio por Eu não te ouço, filme que também co-escreveu. No teatro, recebeu indicações ao Prêmio Shell e ao Prêmio APTR pelo monólogo Claustrofobia, e outra indicação à APTR por 'Dois contra o mundo', texto inédito de Domingos Oliveira.
Os planos para 2026 seguem robustos. No teatro, Vito estreará uma peça-conferência em homenagem aos 100 anos do jornal A manhã, reencarnando o Barão de Itararé, personagem que interpreta há duas décadas. Dará continuidade às temporadas de Dois contra o mundo e Sermão de Santo Antônio aos Peixes, em São Paulo, e seguirá com apresentações de Claustrofobia. No cinema, adianta estar "na torcida" para integrar um projeto com um cineasta que é referência para ele, mas guarda segredo sobre os detalhes.

Diversão e Arte
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