Uma postagem da Casa Branca gerou forte reação nas redes sociais ao utilizar Juno, de Sabrina Carpenter, como trilha sonora de cenas em que agentes do ICE (Serviço de Imigração e Controle de Aduanas dos Estados Unidos) perseguiam, imobilizavam e algemavam imigrantes. O contraste entre a música, marcada por performances descontraídas na turnê Short and Sweet, em que Sabrina “prendia” alguém da plateia com algemas rosas, e o conteúdo do vídeo foi imediato.
No material oficial, a letra “Vamos tentar algumas posições ousadas. Você já tentou essa aqui?” acompanha imagens repetidas de detenções de imigrantes. “Este vídeo é maligno e nojento. Nunca me envolvam, nem a minha música, para beneficiar essa agenda desumana”, rebateu a cantora no X.
A publicação faz parte de um histórico de uso de músicas pop em conteúdos do governo Trump ligados à imigração. Em novembro, Olivia Rodrigo criticou a Casa Branca e o Departamento de Segurança Interna após a música All-American Bitch ser usada em um vídeo sobre autodeportação. “Nunca usem minhas músicas para promover sua propaganda racista e odiosa”, protestou a artista.
The Fate of Ophelia, de Taylor Swift, foi usado como fundo para uma apresentação de slides com imagens de Trump celebrando “O Destino da América”. Swift, que apoiou Biden em 2020 e Kamala Harris em 2024, não respondeu na ocasião. Paradoxalmente, o presidente dos Estados Unidos já havia declarado odiar a loira.
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Durante a campanha pela reeleição, Trump acumulou críticas de artistas — de Céline Dion à família de Isaac Hayes — que pedem publicamente ou via notificações extrajudiciais que ele pare de usar suas músicas sem consentimento. Os representantes de Sabrina, Taylor e da própria Casa Branca não responderam aos pedidos de comentário publicados na Rolling Stone.
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