Diferentes conceitos e noções de corpo orientaram os curadores Madá Granja e Victor Hugo Soulivier, do Coletivo Tela Ambulante, na seleção e na montagem da exposição Corpo Expandido, em cartaz no Espaço Cultural Renato Russo até maio. No total, a dupla selecionou 15 artistas do Distrito Federal para participar do projeto. Boa parte deles tem uma inserção e uma atuação importantes na cena artística da cidade, caso de Suyan de Mattos, Luisa Günther duplaPLUS, Gu da Cei e Jota Testi. A eles se juntam ainda Belo e Bizarro, BIOPHILLICK, Gabriel Matos, Lynn Carone, Manu Dib, Marina Dutra, Moreno Lago, Sofia Ramos, Thales Lima e os dois curadores.
Dividida em três eixos, a exposição coloca o corpo em primeiro plano para, a partir daí, destrinchar seus significados, atuações e movimentações na sociedade e no meio ambiente. Corpo Têxtil, Corpo Político e Corpo Fragmento convidam o visitante a refletir sobre a existência e o estar no mundo. "A gente fez essa separação dos eixos, mas eles estão interligados porque uma coisa depende da outra para existir. Temos as vestimentas da nossa política, das nossas crenças que, simbolicamente, podem ser encaradas como têxteis. São roupagens que a gente está vestindo", explica Madá Granja.
Em Corpo Têxtil, a ideia foi trazer obras nas quais a presença do tecido é relevante. Em Corpo Político, a intenção é estabelecer um diálogo com a sociedade e com a macro e micropolítica que fazem parte do tecido social. Corpo Fragmento fala da multiplicidade humana. "Somos fragmento, uma grande colagem em construção. Nada se origina do nada e somos um grande quebra-cabeça", reflete Madá.
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