Música

Encontro geracional marca o Festival Latinidades com Zezé Motta e Duquesa

O festival que exalta a mulher negra latinocaribenha terá Zezé Motta, Malía, Karol Conká, IAMDDB, Isa Marques, Larissa Luz, Duquesa e Luedji Luna entre as artistas deste ano tão representativo

Uma das iniciativas mais interessantes da cena musical local, o Festival Latinidades completa a maioridade em 2025. Para a comemoração de uma data tão importante, o evento juntou grandes nomes da música brasileira para shows na área do Museu da República. O festival que exalta a mulher negra latinocaribenha terá Zezé Motta, Malía, Karol Conká, IAMDDB, Isa Marques, Larissa Luz, Duquesa e Luedji Luna entre as artistas deste ano tão representativo. Os ingressos estão esgotados.

"Eu fico extremamente emocionada de ver todos esses movimentos acontecendo", destaca Zezé Motta em entrevista ao Correio. A representante da velha guarda na line-up sabe que o Latinidades é fruto de muita luta. "Isso reforça uma luta minha de muitos outros colegas que começou lá atrás, no final dos anos 1970", conta.

A cantora, atriz e figura importante para os movimentos sociais enxerga a arte como uma ferramenta poderosa. "A arte desempenha um papel crucial na luta antirracista, funcionando como uma ferramenta poderosa de expressão, conscientização e transformação social", analisa Zezé, que entende o festival como um espaço crucial para este movimento. "Permite que artistas compartilhem suas experiências, desafiem narrativas dominantes e promovam a empatia e a compreensão da diversidade", complementa.

Representante de uma geração mais nova, Karol Conká exalta o engajamento do público da cidade. "Acho que todo mundo que nasce em Brasília nasce muito inteligente e com uma disposição para cultura, que é impressionante", avalia. Karol conta que tem amigos em Brasília e sempre se surpreende na cidade. "Eu adoro esse lugar".

Apesar de ser mais jovem, Karol não é nova na cena e acredita que o público está se renovando nesses eventos o que é ótimo para todos os artistas que lá estão. "Eu sinto a chegada de um novo público, um público muito curioso para saber o que eu já fiz e o que eu quero fazer", comenta. "Pessoas descobrindo minhas obras lançadas há um tempo atrás só agora e se apaixonando. Além de um público que estava comigo, que se reapaixona pelas músicas que já foram lançadas. Eu tenho achado muito interessante", completa.

 


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