CONJUNTURA

Contas externas têm saldo negativo de US$ 4,5 bilhões, aponta BC

Nos 12 meses encerrados em outubro de 2021, o deficit em transações correntes somou US$ 26,7 bilhões chegando a 1,66% do PIB

Fernanda Strickland
postado em 25/11/2021 16:27
 (crédito: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
(crédito: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Diante das incertezas sobre os rumos do crescimento da economia brasileira, em outubro, as transações correntes do balanço de pagamentos foram deficitárias em US$ 4,5 bilhões. No mesmo período do ano anterior, o saldo negativo foi de US$ 1,2 bilhão. Segundo a autoridade monetária, nos 12 meses encerrados em outubro de 2021, o deficit em transações correntes somou US$ 26,7 bilhões (1,66% do PIB). Os dados são do Banco Central (BC), divulgados nesta quinta-feira (25/11).

Segundo os dados do BC, na comparação interanual, o superavit comercial diminuiu US$ 2,4 bilhões, o deficit em renda primária aumentou US$ 1,3 bilhão, e o deficit em serviços recuou US$ 207 milhões. Nos 12 meses encerrados em outubro de 2021, o deficit em transações correntes somou US$ 26,7 bilhões (1,66% do PIB), ante US$ 23,4 bilhões (1,47% do PIB) em setembro de 2021, e US$ 23,3 bilhões (1,54% do PIB) em outubro de 2020.

A autarquia aponta que, em outubro de 2020, a balança comercial de bens tinha chegado a um saldo positivo de US$ 3,7 bilhões, e que em outubro deste ano foi superavitaria em US$ 1,3 bilhão. As exportações de bens totalizaram US$ 22,8 bilhões, com aumento de 27,8% e as importações de bens somaram US$ 21,5 bilhões, incremento de 52,0% na mesma base de comparação.

Em setembro de 2021, o Ministério da Economia divulgou que a balança comercial registrou superavit de US$ 4,322 bilhões. Em setembro comparado a igual mês do ano anterior, as exportações cresceram 33,3% e somaram US$ 24,28 bilhões.

Serviços teve um deficit na conta, que somou US$ 1,5 bilhão em outubro de 2021. A redução é de 12,4% em relação a outubro do ano passado. A conta de viagens internacionais registrou despesas líquidas de US$ 265 milhões, e as despesas líquidas de aluguel de equipamentos somaram US$ 602 milhões com redução de 28,7% na comparação com outubro de 2020, influenciada pela nacionalização de equipamentos no âmbito do Repetro (regime aduaneiro especial de exportação e de importação de bens).

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