
O verão nem está próximo de chegar, mas no Polo Industrial de Manaus (PIM), empresas aumentam a produção de ar condicionado à espera de uma demanda mais agressiva na estação mais quente do ano. De acordo com dados levantados pelo Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), a fabricação de modelos Split cresceu 17,34%, saltando de 2,3 milhões para 2,7 milhões de unidades, em relação a 2024.
Ao mesmo tempo, as linhas de condensadoras e evaporadoras registraram altas impressionantes, de 355% e 350%, respectivamente. De acordo com o Cieam, alguns fatores contribuem para o desempenho positivo, como a elevação das temperaturas médias no país, a modernização tecnológica e de design dos produtos, além da redução no custo global de insumos estratégicos.
Para o coordenador de Indicadores do Cieam, André Ricardo Costa, o aumento da estabilidade de emprego do brasileiro nos últimos anos e o consequente aumento do poder de renda também contribuem para o cenário. “Quando a população brasileira aumenta e estabiliza o seu orçamento com emprego e renda, isso sobra no orçamento, isso dá maior confiança para a concessão de crédito”, avalia.
“Então, nós percebemos o seguinte: quando aumenta a renda do brasileiro, o produto ar-condicionado é um dos principais alvos de consumo de bens duráveis. Você tem, obviamente, os imóveis, os automóveis, as motocicletas, mas também o ar-condicionado, que se destaca no consumo das famílias”, acrescenta.
Somado ao aumento do poder de compra, o especialista afirma que também há fatores climáticos envolvidos. De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), existe alta probabilidade de que, entre 2025 e 2029, a temperatura média global ultrapasse o aumento de 1,5°C em relação ao período pré-industrial.
A entidade também alerta que há a possibilidade de 80% de novos recordes anuais de calor nos próximos anos, tendência que deve impulsionar a procura por sistemas de climatização, especialmente no verão, como destaca Costa. “Então nós, do Polo Industrial de Manaus, que é esse fornecedor, vem continuamente aumentando a produção e contendo, quando não diminuindo, os preços. Isso há bastante tempo”, conclui.
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