
O diretor-executivo do Instituto Escolhas, Sérgio Leitão, declarou nesta terça-feira (2/9) que o setor da soja no Brasil, apesar do tamanho, “nunca esteve em um momento tão desafiador”.
Para ele, a concorrência com a soja produzida pelos Estados Unidos e o impacto das mudanças climáticas na produção estão entre os principais entraves, que abrem discussão sobre o futuro do segmento no país. O Instituto realiza estudos e análises com dados sobre o desenvolvimento sustentável.
“A soja é o primeiro (produto exportado pelo Brasil). Portanto, é um produto fundamental na economia do país. Ao mesmo tempo, nunca estivemos em um momento tão desafiador”, discursou Leitão durante a abertura do evento A Soja e os Desafio da Transição da Agricultura Brasileira, realizado pelo Correio, com o apoio do Instituto Escolhas.
Segundo ele, há uma preocupação grande no setor com a exigência do governo norte-americano para que a China, um dos maiores consumidores de soja, passe a comprar mais dos EUA e menos do Brasil, consequentemente.
“A soja está em foco por conta exatamente do peso e da concorrência que ela faz com a soja americana”, frisou.
Liderança deve ser mantida
Leitão citou ainda que o início do plantio da soja no Mato Grosso do Sul e em Goiás vai atrasar por causa do clima. Juntos, esses fatores geram preocupações sobre o futuro do setor no país.
Mencionando o caso da produção de borracha com seringueiras, que já foi o principal produto da exportação brasileira, Leitão também alertou que, apesar de o Brasil ser liderança mundial com a soja, isso pode ser perdido caso o país não invista e cuide da produção.
“A escola, o posto de gasolina, o restaurante da cidade, tudo tem a ver com a movimentação da soja. E esse produto tão importante, que é liderança no mundo, temos que ver até quando seremos liderança”, disse.
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