
O ministro das Cidades, Jader Filho, rebateu críticas à licença do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para exploração de petróleo na Foz do Amazonas. Segundo ele, a medida não autoriza a exploração imediata, mas marca o início de um estudo para definir atividades que possam ser realizadas na região sem causar danos ambientais.
"O que estamos fazendo é um processo de estudo para entender o que tem lá embaixo, que reserva é essa a que o Brasil tem direito", afirmou nesta terça-feira (21/10) em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, da EBC.
"A partir daí, vamos tomar todas as medidas corretas, se houver viabilidade, que a gente faça a exploração gerando emprego, gerando renda, mas sempre com responsabilidade com o meio ambiente", emendou.
A autorização do Ibama, concedida na segunda-feira (20), permite a perfuração de um poço exploratório em águas profundas do Amapá, localizado a 500 km da foz do rio Amazonas e 175 km da costa, na Margem Equatorial brasileira. A pesquisa tem como objetivo obter informações geológicas detalhadas e avaliar a viabilidade econômica de petróleo e gás na região.
O ministro saiu em defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, favorável à exploração, e ressaltou que o desmatamento na Amazônia caiu 50% nos primeiros seis meses do atual governo. “Eu não tenho nenhuma dúvida de que, tanto nessa ação como em outras futuras, o governo vai continuar tendo cuidado com o meio ambiente do nosso planeta”, comentou.
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COP30
A autorização do Ibama é considerada contraditória às vésperas da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que será realizada em novembro, em Belém. Ex-governador do Pará, Jader Filho demonstrou otimismo com a realização do evento e ressaltou a importância de discutir temas como descarbonização do transporte público, tratamento de esgoto, resiliência e adaptação das cidades.
Segundo ele, o evento vai além das questões ambientais e promete surpreender o mundo. “Nós vamos fazer a melhor COP de todas, com uma grande infraestrutura. O Brasil vai fazer muito bonito”, afirmou.
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