IBGE

Sindicalização cresce pela primeira vez desde 2012 e atinge 8,9%

No total, 9,1 milhões de pessoas estavam associadas a sindicatos em 2024, um avanço de 812 mil em relação ao ano anterior, quando o todo somava 8,3 milhões (8,4%)

A maior taxa de associados por nível de instrução é a de trabalhadores com ensino superior completo, que representam 14,2% -  (crédito: Divulgação/ Palloma Barbosa - Sinpro-DF)
A maior taxa de associados por nível de instrução é a de trabalhadores com ensino superior completo, que representam 14,2% - (crédito: Divulgação/ Palloma Barbosa - Sinpro-DF)

A taxa de sindicalização no Brasil registrou alta em 2024 e alcançou 8,9% dos 101,3 milhões de trabalhadores ocupados. O resultado interrompe uma sequência de quedas que vinha desde 2016 em termos proporcionais e desde 2014 em número absoluto. Os dados foram divulgadas nesta quarta-feira (19/11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e fazem parte do módulo características adicionais do mercado de trabalho da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua.

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No total, 9,1 milhões de pessoas estavam associadas a sindicatos em 2024, um avanço de 812 mil em relação ao ano anterior, quando o todo somava 8,3 milhões (8,4%), menor nível da série histórica iniciada em 2012. 

A administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais registraram taxa de 15,5% desses 9,1 milhões de associados, seguida da Indústria geral, com 11,4%, que tiveram um crescimento de 1,1%. Informação, comunicação e atividades financeiras e profissionais chegaram a 9,6%. Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, segundo maior setor em proporção de sindicalizados, por sua vez, apresentou queda de 0,2 ponto percentual, para 14,8%.

Na comparação com 2012, todos os setores apresentaram retração. O grupo de Transporte, armazenagem e correios registrou a maior queda, de 12,4 pontos percentuais, indo de 20,7% para 8,3%. A indústria geral teve redução de 9,9 pontos percentuais, de 21,3% para 11,4%.

A análise por nível de instrução também indica expansão em todas as faixas. Trabalhadores com ensino superior completo apresentaram a maior taxa, 14,2%, seguidos pelos que concluíram o ensino médio, com 7,7%. A menor taxa, 5,7%, foi identificada entre os que têm fundamental completo e médio incompleto.

A distribuição por setores mostra que comércio e serviços concentraram os maiores contingentes de empregadores e autônomos, com taxas de CNPJ de 47,2% e 38,2%, respectivamente. A construção registrou a maior expansão desde 2012, passando de 250 mil para 775 mil trabalhadores com CNPJ, alta de 210%.

*Estagiário sob supervisão de Andreia Castro

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postado em 19/11/2025 14:03 / atualizado em 19/11/2025 14:05
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