Sistema financeiro

PF apreendeu R$ 230 milhões em bens do banqueiro Daniel Vorcaro

Fortuna confiscada inclui jatinho, obras de arte e dinheiro em espécie. Justiça mantém prisão do dono do Banco Master ao apontar risco de continuidade dos crimes

Aeronave apreendida é avaliada em R$ 200 milhões  -  (crédito: Divulgação/PF)
Aeronave apreendida é avaliada em R$ 200 milhões - (crédito: Divulgação/PF)

A Polícia Federal apreendeu R$ 230 milhões em bens ligados ao banqueiro Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, no âmbito da operação que investiga um suposto esquema de criação e negociação de títulos de crédito falsos no Sistema Financeiro Nacional. O balanço atualizado da PF divulgado nesta quinta-feira (20/11) detalha que a maior parte do montante está concentrada em uma aeronave avaliada em R$ 200 milhões.

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Também foram confiscados R$ 2 milhões em espécie, R$ 6,15 milhões em relógios de alto valor, R$ 12 milhões em obras de arte, R$ 9,2 milhões em veículos e R$ 380 mil em joias. Além das apreensões, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 12,2 bilhões em contas dos investigados.

Vorcaro foi preso na noite de segunda-feira (17), ao tentar embarcar em um jatinho no Aeroporto de Guarulhos. A operação também cumpriu mandados de prisão preventiva contra Augusto Lima, ex-CEO e sócio do Master; Luiz Antônio Bull, diretor do banco; Albertero Felix de Oliveira Neto, superintendente executivo; e Ângelo Antônio Ribeiro da Silva, outro sócio. André Felipe de Oliveira Seixas Maia e Henrique Souza Silva Peretto, ligados a uma empresa envolvida no esquema, foram detidos temporariamente.

A Justiça Federal ainda determinou o afastamento do presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, e do diretor financeiro da instituição, Dario Oswaldo Garcia. A PF também investiga a rede de relacionamentos com políticos de Vorcaro que, segundo as apurações, pode ter atuado para facilitar ou encobrir práticas irregulares ligadas ao esquema.

Ontem (19), a defesa de Vorcaro apresentou pedido de habeas corpus para tentar libertá-lo. A solicitação foi negada hoje pela desembargadora Solange Salgado da Silva, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Na decisão, ela afirmou que a prisão é necessária para interromper “atos criminosos” que, segundo as investigações, ainda estariam em curso.

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postado em 20/11/2025 14:33 / atualizado em 20/11/2025 14:35
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