Operação Poço de Lobato

Grupo de combustíveis Refit é alvo de operação por fraude de R$ 26 bilhões

Ação cumpre mandados de busca e apreensão em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Distrito Federal, Bahia e Maranhão

megaoperação ‘Poço de Lobato’ mira grupo de combustíveis que é o maior devedor de tributos do Estado -  (crédito: Reprodução/Governo do Estado de São Paulo)
megaoperação ‘Poço de Lobato’ mira grupo de combustíveis que é o maior devedor de tributos do Estado - (crédito: Reprodução/Governo do Estado de São Paulo)

Uma megaoperação deflagrada nesta quinta-feira (27/11) visa desarticular responsável por uma dívida superior a R$ 26 bilhões em tributos estaduais e federais. A ação cumpre mandados de busca e apreensão em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Distrito Federal, Bahia e Maranhão, com a participação de mais de 600 agentes públicos. Um dos maiores grupos empresariais do setor de combustíveis é alvo da operação.

Fique por dentro das notícias que importam para você!

SIGA O CORREIO BRAZILIENSE NOGoogle Discover IconGoogle Discover SIGA O CB NOGoogle Discover IconGoogle Discover
  • Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular

De acordo com as investigações, o grupo empresarial é o maior devedor de ICMS do Estado de São Paulo e também está entre os principais devedores da União. O CIRA/SP aponta a existência de uma estrutura sofisticada de fraude fiscal, lavagem de dinheiro e outras práticas ilícitas, envolvendo mais de 190 pessoas físicas e jurídicas.

O esquema utilizaria empresas de fachada e operações simuladas para evitar o pagamento de impostos. Mesmo após autuações e medidas de controle, o grupo seguiria criando novas estratégias para manter as fraudes, causando prejuízo à arrecadação e desequilíbrio na concorrência do setor de combustíveis.

As apurações indicam ainda o uso de uma rede de colaboradores e de estruturas empresariais complexas, como holdings, offshores e fundos de investimento, para esconder os verdadeiros beneficiários e movimentar valores bilionários. Além das medidas criminais, a Procuradoria-Geral do Estado obteve decisão para bloquear R$ 8,9 bilhões dos integrantes do grupo. Paralelamente, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional conseguiu na Justiça Federal a indisponibilidade de mais R$ 1,2 bilhão.

A Operação Poço de Lobato, como foi batizada a ação, é coordenada pelo Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos de São Paulo (CIRA/SP), que reúne o Ministério Público de São Paulo, a Secretaria da Fazenda e Planejamento, a Procuradoria-Geral do Estado, além da Receita Federal, Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e órgãos municipais, com apoio das Polícias Civil e Militar. Os GAECOs também atuam na força-tarefa.

  • Google Discover Icon
postado em 27/11/2025 08:02 / atualizado em 27/11/2025 16:39
x