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Cafeicultura do DF busca ampliar produção de cafés especiais

O produtor Carlos Coutinho destaca as condições favoráveis no Distrito Federal para alcançar níveis elevados de qualidade dos grãos

O produtor de café Carlos Coutinho, em entrevista ao CB.Agro -  (crédito: Reprodução/Youtube)
O produtor de café Carlos Coutinho, em entrevista ao CB.Agro - (crédito: Reprodução/Youtube)

O Distrito Federal reúne condições naturais e tecnológicas que permitem alcançar índices elevados de cafés especiais. Foi o que afirmou o produtor de café Carlos Coutinho, durante entrevista, nesta sexta-feira (28/11), ao CB.Agro — parceria do Correio com a TV Brasília.

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“Os cafés especiais, os melhores cafés do mundo, são produzidos em regiões de altitude, acima de 1000 metros. Esse é um pré-requisito básico. E nós estamos acima de 1000m. Nós temos outras características; temos alguns aspectos favoráveis e outros desfavoráveis. A questão do nosso inverno longo, que é ruim para a cafeicultura, nós resolvemos com irrigação. A questão de solo, resolvemos. O Cerrado como um todo, a tecnologia mudou. Olhando para o passado, o Cerrado tinha terras imprestáveis para a agricultura. Então, nós resolvemos com a correção e com a adubação”, disse, aos jornalistas Carlos Alexandre de Souza e Sibele Negromonte.

O produtor explicou que o pós-colheita é determinante na diferenciação do produto. A separação entre grão verde, maduro e seco ocorre ainda no início do processamento, com técnicas mecânicas que substituem o método manual, antes restrito a pequenas propriedades. “Há 20, 30 anos, café especial era exclusivo de pequena produção. Hoje, o Brasil conseguiu mudar isso; nós conseguimos fazer isso em médias e grandes propriedades também.”

A secagem é feita de forma controlada em secadores rotativos. A adoção de temperaturas estáveis reduz o risco de perdas. O processo pode levar mais de 36 horas para garantir que o grão seque por completo. Coutinho destacou que a modernização permitiu que médias e grandes propriedades adotassem essas práticas, ampliando o volume nacional de cafés especiais destinados ao mercado externo.

A organização produtiva é apontada por Coutinho como um dos principais desafios. Em estados líderes da cafeicultura, a atuação em cooperativas e associações viabiliza acesso a mercado e insumos. “Estão surgindo algumas iniciativas importantes nessa linha. No café, nós temos a criação de uma associação importante, agora, chamada Elo Rural, criada pelas mulheres lá do Lago Oeste, com quase 100% do quadro de mulheres,” explicou.

*Estagiário sob a supervisão de Cida Barbosa

Assista à entrevista completa:

 


 

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postado em 28/11/2025 18:46
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