
O Nordeste brasileiro atravessa um momento de consolidação econômica no cenário nacional, e a agropecuária exportadora, especialmente de frutas, é um dos motores do crescimento na região. Líder em energias renováveis, tecnologia, agricultura sustentável e economia criativa, a região segue avançando com a força de um povo empreendedor e visionário.
Para aprofundar o debate a respeito do tema, autoridades, especialistas e lideranças participam de mais uma edição do Correio Debate, realizado pelo Correio Braziliense em parceria com o BNB, na manhã de 4 de dezembro, na sede do jornal, em Brasília.
As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas através deste link. A transmissão do seminário será feita pelas redes sociais do Correio. O objetivo é promover uma reflexão estratégica sobre como o Nordeste pode continuar expandindo sua capacidade produtiva e social, de forma sustentável e equilibrada.
O avanço na região nordestina é percebido também pelo aumento no volume dos empréstimos do Plano Safra para os produtores do Nordeste, de acordo com o superintendente de Agronegócio e Microfinança Rural do Banco do Nordeste (BNB), Luiz Sérgio Farias.
O executivo lembrou que, tradicionalmente, o Nordeste ficava em terceiro lugar na agricultura familiar do Plano Safra, porém, nos últimos dois anos, a região ultrapassou o Sudeste e ocupou a segunda posição ficando atrás apenas do Sul. Segundo Faria, a agricultura familiar é socioeconômica e responsável por 70% dos alimentos do Brasil, porém grande quantidade ainda são para exportação. Ele informa que o programa valoriza o agropecuário interno, com qualidade e produção sustentável, na diversificação do produto.
- Leia também: Avanços do Nordeste serão tema de debate no Correio
Uma das alavancas para o desenvolvimento econômico é o crédito aos microempreendedores. E, nesse sentido, o superintendente destacou que o BNB tem um programa dedicado à agricultura familiar, o Agroamigo Banco do Nordeste, principal canal de acesso aos créditos que visa fortalecer a inclusão produtiva no meio rural e que está completando 20 anos.
"Em 20 anos, esse programa se transformou no maior programa de microfinança rural da América Latina, no qual nós colocamos, nesse período, R$ 49,4 bilhões aplicados, envolvendo algo em torno de 9 milhões de operações e beneficiando diretamente 16 milhões de pessoas com 3,1 milhões de clientes atendidos", disse Farias.
De acordo com o executivo, o BNB atende, atualmente, 2.070 municípios e, segundo ele, o agricultor não vai às agências do banco. "Quem vai ao agricultor são os nossos agentes de crédito, que juntam um grupo de produtores e realizam uma palestra formativa. A palestra formativa é o momento inicial onde ele vai orientar os agricultores sobre o crédito, sobre suas condições, sobre seus deveres, direitos. Falamos sobre educação financeira e também trabalham a educação ambiental.", revelou.
Um dos desafios da agropecuária é o clima semiárido, que compõe 60% da área de atuação do Banco do Nordeste. O Agroamigo está presente em 84% desse território. Uma das iniciativas para incentivar o empreendedorismo diante de um clima adverso é a linha Agroamigo Água. "Trabalhamos muito forte nas atividades pecuárias adaptadas ao semiárido. Nessas regiões, a gente busca também trabalhar a diversificação com pequena irrigação, de policultura, de fruticultura, de hortaliças, para complementar e ter uma receita mais estável que não dependa muito do tempo.", informou.
Conforme os dados do mais recente Boletim Macro Regional do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV-Ibre), o Índice de Atividade Econômica Regional do Banco Central indica que, em agosto deste ano, o Nordeste apresentou variação de 0,1% frente ao mês anterior, após o recuo de 2% em julho.
Na variação trimestral, a região registrou avanço de 1,1% acima da média nacional do Índice de Atividade Econômica do BC, o IBC-Br, que apresentou avanço de 0,4%, em agosto, e recuo de 1% no trimestre encerrado no oitavo mês do ano. "O desempenho reforça a resiliência da região Nordeste, que segue com perspectivas de um crescimento econômico positivo, mas contido em 2025, em meio as condições monetárias restritivas que devem permanecer pelo menos até o fim do ano, limitando os investimentos e tornando caro o crédito que impacta diretamente no consumo das famílias", destacou o relatório do Ibre.
Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular?
*Estagiário sob a supervisão de Rosana Hessel
Saiba Mais

Economia
Economia
Economia
Economia
Economia
Economia