
No 5º Brasília Summit – Segurança Jurídica no Agro, promovido pelo LIDE em parceria com o Correio Braziliense, nesta quarta-feira (3/12), o e ex-secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo Francisco Matturro, head do LIDE Agronegócios, destacou o papel da tecnologia, da ciência e da regularização fundiária como fundamentos para o avanço sustentável do setor. Em seu discurso, reforçou a importância do esforço humano na construção do agro moderno.
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O evento reuniu autoridades, produtores, pesquisadores e representantes do setor privado. Matturro abriu sua fala ressaltando que o Distrito Federal, palco do encontro, é “uma das regiões mais tecnificadas do país”, justamente por enfrentar condições de solo desafiadoras. “Aqui se conta muito com a nossa Embrapa, com a alta tecnologia que é colocada ali, mas principalmente com o suor do produtor”, disse.
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Matturro lembrou que o Cerrado, hoje uma das fronteiras agrícolas mais produtivas do planeta, só se tornou viável graças à combinação de pesquisa científica e determinação dos agricultores. “O produtor teve coragem de enfrentar o Planalto Central, terra complicada”, afirmou.
Regularização fundiária
O dirigente também dedicou parte da fala à regularização fundiária, tema central do debate promovido pelo LIDE-Correio. Ao parabenizar o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, pelas iniciativas recentes, Matturro afirmou que São Paulo enfrentou desafio semelhante quando estava à frente da Secretaria de Agricultura.
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Segundo ele, mesmo sendo o estado “mais desenvolvido da União”, havia entre 1,8 milhão e 2 milhões de hectares sem escritura, alguns irregulares desde o período imperial. “O então governador João Doria entendeu rapidamente a questão, tramitou o projeto na Assembleia Legislativa e sancionou a lei em 21 de julho. Hoje já entregamos mais de 300 mil hectares escriturados”, ressaltou.
Para Matturro, a regularização é decisiva para reduzir conflitos no campo e dar segurança jurídica a quem produz. “O país precisa da regularização fundiária para amenizar ou acabar com os conflitos”, afirmou.

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