
No 5º Brasília Summit – Segurança Jurídica no Agro, promovido pelo LIDE em parceria com o Correio Braziliense nesta quarta-feira (3/12) em Brasília, o fundador e co-chairman do LIDE, João Doria, destacou a centralidade da segurança jurídica para o agronegócio brasileiro e revelou bastidores de conversas recentes com autoridades europeias que, segundo ele, demonstram uma mudança de postura em favor do acordo Mercosul–União Europeia.
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Em sua fala, Doria sublinhou o peso do agronegócio na economia brasileira, lembrando que o setor representa “mais de um terço do PIB” e sustenta direta ou indiretamente cerca de 50 milhões de brasileiros.
O fundador do LIDE destacou ainda que as pessoas não imaginam que o Distrito Federal tenha áreas de produção rural na dimensão em que realmente possui. "O que o governador Ibaneis Rocha fez aqui foi exatamente o que realizamos em São Paulo: a segurança jurídica no agro começa com o direito de propriedade assegurado e garantido ao produtor rural", destacou Doria. "O senhor está de parabéns, governador, por ter priorizado essa tarefa em seu governo e por tê-la executado com o apoio, evidentemente, de uma equipe competente. O senhor deixa, assim, mais um legado da sua gestão", emendou.
Mercosul-UE
Doria também revelou detalhes de uma recente viagem à Itália e à França com cerca de 80 empresários e parlamentares brasileiros — entre eles, a senadora Kátia Abreu e o secretário do Ministério da Agricultura, Francisco Maturro, presentes no evento de hoje. Segundo o ex-governador de São Paulo, o tema dominante nas reuniões com altas autoridades europeias foi o agronegócio brasileiro.
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O ponto mais emblemático, afirmou, foi o encontro de 1 hora e meia com o presidente francês Emmanuel Macron, no Palácio do Eliseu. “Para nossa grata surpresa, o presidente Macron se declarou favorável à assinatura do acordo Mercosul–União Europeia”, relatou.
A França, historicamente o país mais resistente ao tratado, teria mudado de posição devido à reconfiguração geopolítica provocada pela política externa do presidente Donald Trump, que gerou prejuízos aos produtores franceses e aumentou o interesse europeu no mercado latino-americano.
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Doria afirmou esperar que o acordo seja assinado em 20 de dezembro, possivelmente em Bruxelas, o que abriria ao Brasil um mercado de 700 milhões de consumidores. “É uma oportunidade extraordinária, especialmente para proteína animal, grãos, açúcar, etanol e outros produtos em que o Brasil é líder mundial”, disse.
A data de assinatura do acordo foi anunciada em novembro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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