
A Polícia Federal (PF) identificou, na análise do celular apreendido com o banqueiro Daniel Vorcaro, controlador do Banco Master, arquivos relacionados a investigações sob sigilo judicial que ainda não haviam sido oficialmente disponibilizados à defesa.
A partir do achado, os investigadores passaram a apurar indícios de que o empresário teria recorrido à contratação de hackers para acessar essas informações e realizar outras ações em sistemas de informática.
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Segundo informações obtidas pelo O Estado de S. Paulo, os documentos localizados incluem trechos da apuração que investiga a tentativa de negociação do Banco Master com o Banco Regional de Brasília (BRB). O caso integra a Operação Compliance Zero, que apura a suposta venda de carteiras irregulares de crédito consignado.
A suspeita sobre a origem do material surgiu após a PF identificar mensagens trocadas entre Vorcaro e um colaborador próximo. Com base nesses diálogos, os investigadores passaram a apurar indícios de que o banqueiro teria solicitado a contratação de hackers para invadir sistemas e acessar informações sigilosas relacionadas às apurações em andamento.
Segundo a PF, a presença desses arquivos no celular reforça a hipótese de que Vorcaro já sabia que poderia ser alvo de uma ordem de prisão. Essa linha sustenta a avaliação de que o empresário tentou deixar o país, sendo detido quando, de acordo com a corporação, buscava sair do Brasil.
Manipulação digital
Além do possível acesso indevido a dados sigilosos, a Polícia Federal investiga se pessoas contratadas atuaram para manipular o ambiente digital, reduzindo a visibilidade de conteúdos negativos sobre o Banco Master e ampliando a divulgação de notícias favoráveis ao banqueiro.
Segundo a PF, teriam sido usados sistemas automatizados para limitar o alcance de publicações desfavoráveis e impulsionar material positivo, além de tentativas de acesso a conversas em redes sociais de pessoas próximas a Daniel Vorcaro.

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