
O estoque da Dívida Pública Federal (DPF), que engloba os títulos do Tesouro Nacional emitidos no mercado interno e no exterior, encerrou novembro deste ano em R$ 8,48 trilhões, uma elevação de 2,75%, ou R$ 226,8 bilhões, em relação ao mês anterior. Conforme os dados do Tesouro, de janeiro a novembro, o estoque da DPF cresceu 15,91%, o que representa um aumento de R$ 1,16 trilhão no saldo total da dívida mobiliária da União.
O relatório do órgão do Ministério da Fazenda destacou que o colchão da liquidez chegou a R$ 1,21 trilhão no mês passado, valor acima do nível prudencial de R$ 289 bilhões, reforçando o caixa e garantindo o pagamento de mais de oito meses de compromissos sem novas emissões de títulos, de acordo com o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro, Helano Borges Dias. Segundo ele, o alto custo de manter esse colchão trata-se de uma "estratégia prudente" para enfrentar anos eleitorais e grandes vencimentos em 2027, o que permite ao Tesouro reduzir o ritmo de emissões em momentos de alta volatilidade.
"No ano passado, tivemos uma emissão muito focada em LFT (títulos indexados à Selic — taxa básica da economia), na casa de 65%. Neste ano, conseguimos equilibrar mais, e isso nos dá conforto. Em momentos de incerteza, como neste dezembro, em que vimos um aumento de volatilidade, pudemos reduzir um pouco o ritmo (de emissões), porque o colchão permite esse grau de liberdade", disse.
O técnico destacou ainda que a emissão de títulos prefixados, que dominaram o penúltimo mês do ano, representou 50,4% do total. Ao mesmo tempo, o custo médio do estoque acumulado em 12 meses caiu de 11,9% para 11,69% ao ano.
Além disso, o Tesouro Direto apresentou um desempenho positivo ao registrar aumento de 19% no volume de investidores ativos no acumulado do ano, totalizando 3,31 milhões.
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