Atletismo paralímpico

Atletismo paralímpico: Brasil fecha o Mundial com campanha histórica

Delegação brasileira subiu ao pódio em 47 oportunidades, com 14 ouros, 13 pratas e 20 bronzes, e ficou atrás apenas da China

Delegação brasileira fez história no Mundial de atletismo paralímpico -  (crédito: Ale Cabral/CPB)
Delegação brasileira fez história no Mundial de atletismo paralímpico - (crédito: Ale Cabral/CPB)

Dona de 47 medalhas, a delegação paralímpica brasileira protagonizou a melhor campanha do país na história do Mundial de Atletismo. A trajetória em Paris, com 14 ouros, 13 pratas e 20 bronzes, assegurou, também, a segunda colocação no quadro geral — atrás apenas da China, campeã em 16 oportunidades, apesar dos dois pódios a menos.

Em 2019, na disputa em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, os brasileiros também ficaram com a segunda colocação no ranking geral, com 39 medalhas. Seis anos antes, na edição de Lyon, foram 40 pódios, mas com a terceira posição da classificação por país.

"A campanha foi extraordinária. Tanto na pista quanto no campo, os atletas performaram muito bem. Ganhamos também em todas as áreas de deficiência, seja visual, intelectual ou física. Estamos muito satisfeitos. O desempenho do Brasil foi muito positivo e alinhado com o nosso planejamento estratégico, com cerca de um terço das medalhas do nosso país conquistadas por atletas que participam pela primeira vez de um Mundial", avaliou o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Mizael Conrado.

"Foi uma campanha que nos orgulha muito e que nos cria uma expectativa ainda maior para os Jogos Paralímpicos de Paris no ano que vem", complementou o dirigente por meio de nota oficial. 

Muitas medalhas nas pistas de corrida

Entre os destaques do Brasil da competição, a acreana Jerusa Geber levou dois ouros na classe T11 (deficiência visual). A corredora de 41 anos fez a prova de 100m rasos em 11s86, resultado que garantiu o ouro e a quebra do recorde mundial da competição – o atual já era dela após anotar 11s89 na semifinal. A paratleta guiada por Gabriel dos Santos também ficou com o primeiro lugar nos 200m e ostenta nove medalhas em mundiais. Ela é a maior vencedora do país. 

Thalita Simplício acompanhou Jerusa no pódio em ambas as provas, com bronze nos 200m e prata nos 100m, a oitava dobradinha Brasil no Mundial. A velocista completou o quadro de medalhas ao levar o ouro na prova de 400 metros rasos. Outro multimedalhista foi Ricardo Mendonça. Ele acumulou dois ouros nos 100m e 200m, além do bronze no revezamento 4x100m misto.

Ainda nas pistas de corrida, Petrúcio Ferreira ganhou o terceiro título mundial nos100m da classe T47 (amputados de braço). O paraibano correu em 10s37, novo recorde da competição. José Alexandre, um dos estreantes do Brasil, ficou com a prata. A medalha foi a segunda conquista do jovem em Paris, ao lado do bronze nos 400m.

O Mundial acabou na última segunda-feira (17/7) contou com a participação de 54 atletas e 11 atletas-guia representando o Brasil. Esse foi o primeiro grande evento da modalidade após as Paralimpíadas Tóquio-2020 e serviu como um dos grandes testes para Paris-2024. Antes, ocorre o Mundial de atletismo paralímpico de Kobe, no Japão, entre 17 e 25 de maio de 2024.

*Estagiário sob a supervisão de Victor Parrini

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postado em 18/07/2023 23:10 / atualizado em 18/07/2023 23:10
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