Entre este sábado (8/6) e domingo (9/6), a sétima rodada da Série D 2024 chega para os representantes do futebol candango no cenário nacional com sabores distintos. Segundo colocado apenas por conta da diferença no saldo de gols, o Brasiliense receberá o Iporá com a possibilidade de chegar à liderança, no Estádio Serejão, às 15h de domingo.
No outro extremo, o lanterna Real Brasília terá a chance de registrar recorde negativo em caso de derrota na visita ao goiano Crac, no sábado, às 18h, no Genervino da Fonseca.
Dono de aproveitamento de 72% em seis jogos disputados, o Jacaré possui campanha quase idêntica ao do líder do Grupo A-5, o Anápolis. Até aqui, registrou quatro vitórias, um empate e uma derrota.
Apesar de não liderar a chave, acumula gordura e bons momentos em um torneio conhecido por ser traiçoeiro. Na rodada da vez, entrará em campo diante da própria torcida embalado pelo triunfo de maior expressão até o momento. Na última jornada, visitou o Capital de Tocantins e voltou para a capital federal com goleada por 4 x 1 na bagagem.
As bolas na rede tornam a equipe na dona do melhor ataque da competição, justamente ao lado do Anápolis. São dez gols marcados. Em média, 1,6 por partida. Além disso, algumas boas surpresas também vieram a calhar para a equipe de Taguatinga, principalmente no que diz respeito à inteligência no mercado de transferências.
A saída precoce do centroavante uruguaio Jonatan Álvez, chegado para ser a estrela da equipe na sequência de ano, poderia ter sido um golpe duro. Outros nomes contratados justamente para a posição, no entanto, deram conta do recado. Vindos, aliás, de dentro do futebol candango.
Gabriel Pedra, egresso do Ceilandense, e Kaio Nunes, ex-Real Brasília, já marcaram três gols cada na competição. Juntos, são responsáveis por mais da metade dos tentos amarelos na Série D.
Gui Mendes, atacante de beirada que disputou a última edição do Candangão pelo arquirrival Gama, também soma atuações positivas. Além de ter marcado no triunfo por 1 x 0 na estreia, diante do líder Galo da Comarca, foi fundamental na difícil vitória por 2 x 1 sobre o União Rondonópolis.
O embate da vez será um confronto direto. O Iporá é o terceiro colocado, com 11 pontos. Pesará a favor do Jacaré, contudo, a frágil defesa do time goiano. Até aqui, possui a segunda pior defesa do próprio grupo, com nove bolas estufadas contra a própria rede.
Recorde negativo
Se em Taguatinga Norte as sensações são positivas, não se pode dizer mesmo sobre o clima na Vila Planalto. Estreante no cenário nacional, o campeão candango de 2023 Real Brasília se distancia cada vez mais de uma já remota chance de classificação.
Possuinte de trajetória de seis derrotas em seis partidas, não marcou mais vezes do que nenhum outro integrante do Grupo A-5. Da mesma forma, tomou mais gols do que todos os adversários da primeira fase. São dois pró, e 10 contra. Em média, sofre um 1,6 gol. A média é, curiosamente, a mesma do rival candango na competição em relação a tentos marcados.
Como próximo desafio, terá pela frente justamente a única equipe que derrotou o Brasiliense no torneio até aqui. O Crac, com nove pontos, é o quarto colocado, e já estaria classificado caso o campeonato já tivesse chegado ao fim. O time de Catalão, ademais, se destaca pela força defensiva, ao contrário do Iporá. Levou apenas quatro gols. Junto do Anápolis, possui a melhor defesa do A5.
Para a partida, o Real, ao menos, terá uma novidade. Demitido na última terça-feira (4/6) com a quarta pior campanha geral da Série D em mãos, Marcelo Caranhato deu lugar a Victor Hugo, o Kaká. Assistente técnico do antigo dono da prancheta, o novo comandante se estabelece como o mais jovem do país entre as primeiras quatro divisões do Brasileirão. Quem mais chega perto é Cauan de Almeida, do América-MG, com 35.
Um novo revés, no entanto, pode trazer consigo um recorde ruim para a equipe auri-anil. Caso alcance a sétima derrota, poderá se tornar no dono da pior largada entre equipe de Brasília na história do torneio nacional.
Campeão candango em 2018, o Sobradinho, em 2019, perdeu todos os seis jogos disputados na primeira fase. Naquele ano, a Série D era disputada através de formato distinto, com apenas seis partidas disputadas por cada participante da fase de grupos. Para não ganhar esse título, bastará ao Real Brasília somar apenas um único ponto.
*Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima
Saiba Mais
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br