
New Jersey — O primeiro duelo entre um time sul-americano e um europeu na história da Copa do Mundo de Clubes da Fifa elevou o nível da competição. Palmeiras e Porto fizeram o melhor jogo do novo torneio da Fifa no MetLife Stadium. Classificado como campeão da Libertadores de 2021, o time paulista parecia jogar naquele estádio localizado na Avenida Francisco Matarazzo, 1750, Rua Palestra Itália 200 — Água Branca, São Paulo. A atmosfera era de Allianz Parque. O gramado não é sintético, mas o piso do palco da decisão, em 14 de julho, permitiu às duas equipes um espetáculo à altura da linda arena.
Foi um jogo franco do início ao fim. Oportunidades para os dois lados, belas defesas dos dois goleiros e um placar teimoso. Configurado no sistema tático 3-4-2-1, o Palmeiras tomou o primeiro susto, mas devolveu os ataques do Porto na mesma moeda. Até mais agressivo do que o adversário nas escapadas de Estêvão, Maurício e de Vitor Roque. Weverton passou maus bocados, mas agiu como a muralha de sempre ao ser acionado.
"Jogo equilibrado, mas o futebol é tão mágico que um dos melhores jogadores deles se lesionou, que foi o goleiro, e o melhor do Porto, hoje, foi o goleiro, que foi substituto, fez quatro, cinco defesas. O Palmeiras teve muitas chances, mas o Porto teve um goleiro à ltura, defendeu tudo e nós não conseguimos fazer o gol. Agora, é recuperar, ver o que podemos tirar daqui e continuar. " Abel Ferreira, técnico do Palmeiras
O jogo aberto também pode ser explicado na ótica do plano de jogo do Porto. O técnico argentino Martin Anselmi espalhou o modelo usado por Abel Ferreira. A trupe lusitana iniciou a partida no mesmíssimo 3-4-2-1. A trinca formada por Fábio Vieira, Rodrigo Mora e Aghahowa incomodava as três torres de Abel Ferreira, formada por Giay, Gustavo Gómez e Murilo. Havia um ponto ponto em comum: a falta de zelo no passe final e más finalizações.
No lance mais incrível do primeiro tempo, o Palmeiras perdeu três chances em sequência de abrir o placar. Estêvão, Maurício e Richard Ríos viram o time português se safar. Piquerez ainda desperdiçou outra oportunidade incrível antes do apito final para o intervalo.
"Como é óbvio, ficamos tristes pelo Diogo, é nosso capitão, mas esse é o trabalho do goleiro. Estamos preparados para jogar quem seja. Acho que foi um resultado justo, houve oportunidades de ambas as partes." Cláudio Ramos, goleiro do Porto
A etapa inicial teve 21 faltas. Doze do Porto e nove do Palmeiras. Se dentro do campo havia coração quente, à beira das quatro linhas faltava cabeça fria. Abel Ferreira recebeu cartão amarelo. Gustavo Gómez também. O lusitano surpreendeu ao sacar Estêvão para a entrada de Allan, porém o time continuou pilhado e mais agudo nas tentativas de abrir o placar. Allan quase conseguiu em um arremate rasteiro defendido pelo goleiro Claudio Ramos. Teimoso, o placar terminou 0 x 0.
FICHA TÉCNICA
0 Palmeiras (3-4-2-1)
Weverton;
Giay, Gustavo Gómez e Murilo;
Felipe Anderson (Paulinho), Richard Ríos (Lucas Evangelista), Moreno e Piquerez;
Estêvão (Allan) e Maurício (Raphael Veiga);
Vitor Roque (Flaco López)
Técnico: Abel Ferreira (Portugal)
0 Porto (3-4-2-1)
Claudio Ramos;
Martim Fernandes, Zé Pedro e Marcano;
João Mário (Nehuém Perez), Varela (Tomás Perez), Gabri Veiga (Pepê) e Francisco Moura;
Fábio Vieira (André Franco) e Rodrigo Mora (Eustáquio);
Aghihowa
Técnico: Martin Anselmi (Argentina)
Cartões amarelos: Gustavo Gómez, Felipe Anderson, Martim Fernandes
Público: 46.275 pagantes
Renda: não divulgada
Árbitro: Said martínez (Honduras)