
A Copa do Mundo de Clubes começou com 12 casas espalhadas pelos Estados Unidos para receber a competição, contendo arenas menores e os grandes palcos que receberão também o mundial de seleções em 2026. Entre as sedes, a queridinha é o MetLife Stadium, em Nova Jersey, palco da decisão do torneio atual e da próxima Copa, no próximo ano. No entanto, a pompa não é sinônimo de bola na rede e as duas primeiras partidas realizadas no local ainda não fizeram a torcida ter a chance de gritar gol.
As traves do MetLife foram cruéis, em especial com os brasileiros. No domingo, o Palmeiras tentou 17 vezes contra o Porto, de Portugal, mas parou em defesas do goleiro Cláudio Ramos e até em cima da linha. O resultado foi um 0 x 0 amargo, em um confronto em que o Verdão foi superior aos portugueses. Na terça-feira (17/6), foi a vez do Fluminense, que finalizou 14 vezes contra a meta do suíço Gregor Kobel, mas milagres do paredão e chances desperdiçadas terminaram no empate sem gols com o Borussia Dortmund, da Alemanha, em outra partida com gostinho de que o representante do Brasil merecia a vitória.
Em comparação com as outras sedes da Copa do Mundo de Clubes, apenas três receberam mais de um jogo e todas viram a bola entrar. O Lumen Field, em Seattle, comemorou sete vezes, somando o 2 x 1 entre Botafogo e Sounders e o 3 x 1 do River Plate contra o Urawa Red Diamonds. Boca Juniors e Benfica fizeram dois cada no Hard Rock, em Orlando, para compensar o 0 x 0 entre Al Ahly e Inter Miami, enquanto o Rose Bowl viu de perto o 4 x 0 do Paris Saint-Germain em cima do Atlético de Madrid, além do placar entre Monterrey e Inter de Milão.
No entanto, o estádio onde o grito de gol menos ficou preso foi no pequeno TQL, em Cincinnati, onde o Bayern de Munique goleou o Auckland City por 10 x 0 na arena com capacidade para 26 mil pessoas. O MetLife, inclusive, é a segunda sede que mais consegue receber torcedores, com espaço para 82,5 mil pessoas nas arquibancadas, atrás apenas dos 88 mil do Rose Bowl. O problema é que quem costuma visitar o local não tem o padrão de comemorar muito.
Principal equipe a atuar no estádio, o New York Giants, da NFL, foi o segundo time com menos touchdowns a favor na última temporada da NFL, com apenas 30, um a mais que o lanterna. O rival New York Jets, outro a chamar a arena de casa, somou 40, o suficiente apenas para ser o 20º entre os 32 times do campeonato.
Na Copa do Mundo de Clubes da bola redonda, a próxima oportunidade de balançar as redes no estádio de Nova Jersey é novamente do Palmeiras, no compromisso de amanhã, contra o Al Ahly, do Egito, às 13h (horário de Brasília), pelo grupo A. O Fluminense também terá outra chance de marcar por lá, quando medirá forças com o Ulsan, da Coreia do Sul, no sábado, às 19h, pela chave F.
Reformado para ter um gramado de grama natural, substituindo o sintético que gerava críticas até na NFL, o MetLife Stadium será palco do maior número de jogos do mundial, recebendo Porto e Al Ahly pela última rodada do grupo A, um confronto de quartas de final, as duas semis e a grande decisão, marcada para 13 de julho, às 16h.
Estádios com mais gols
TQL (Cincinnati): 10 gols
Bayern de Munique 10 x 0 Auckland
Lumen Field (Seattle): 7 gols
Botafogo 2 x 1 Sounders
River Plate 3 x 1 Urawa Reds
Rose Bowl (Los Angeles): 4 gols*
PSG 4 x 0 Atlético de Madrid
Monterrey x Inter de Milão* (ainda não finalizado)
Hard Rock (Orlando): 4 gols
Al Ahly 0 x 0 Inter Miami
Boca Juniors 2 x 2 Benfica
Mercedes-Benz (Atlanta): 2 gols
Chelsea 2 x 0 Los Angeles
Lincoln Financial Field (Filadélfia): 2 gols
Flamengo 2 x 0 Espérance
Inter & Co (Orlando): 1 gol
Ulsan 0 x 1 Mamelodi
MetLife (Nova Jersey): sem gols
Palmeiras 0 x 0 Porto
Fluminense 0 x 0 Dortmund
*Estagiário sob a supervisão de Victor Parrini
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