A manhã foi tensa na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Recém-eleito, o presidente Samir Xaud foi alvo de um mandado de busca e apreensão realizado pela Polícia Federal na Operação Caixa Preta.
O dirigente é parte de uma investigação por suspeita de crimes eleitorais no estado de Roraima. Foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e o bloqueio de R$ 10 milhões nas contas pessoais dos investigados.
Segundo a CBF, Samir Xaud não é o centro das apurações. O alvo seria a deputada federal Helena Lima (MDB-RR). O presidente da entidade máxima do futebol brasileiro é suplente da parlamentar. A suspeita sobre a chapa é de compra de votos. A PF não teria levado nada da sede da entidade.
A Operação Caixa Preta começou em 2024, dois anos depois das eleições gerais de 2022. À época, o empresário Renildo Lima, esposo da deputada Helena Lima, foi preso com R$ 500 mil. Uma parte do dinheiro estava escondida na cueca.
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Em nota, a CBF explica a ida da PF até a sede da entidade. "A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) informa que recebeu agentes da Polícia Federal em sua sede entre 6h24 e 6h52 desta quarta-feira, num desdobramento de investigação determinada pela Justiça Eleitoral de Roraima", inicia o texto.
"É importante ressaltar que a operação não tem qualquer relação com a CBF ou futebol brasileiro e que o presidente da entidade, Samir Xaud, não é o centro das apurações", segue a nota.
O documento conclui: "A CBF esclarece que, até o momento, não recebeu nenhuma informação oficial sobre o objeto da investigação. Nenhum equipamento ou material foi levado pelos agentes. O Presidente Samir Xaud permanece tranquilo e à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos que se façam necessários".
Quem são eles
Nascida em Tocantins, Maria Helena Teixeira Lima cresceu em São João da Baliza. Em 2022, foi eleita deputada federal com 15.848 votos. A única mulher do estado no Congresso Nacional. Empresária do ramo de transportes, é formada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Roraima. A declaração de bens dela ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aponta R$ 10 milhões. A firma da família chama-se Asatur, um dos braços da Asatur Turismo. Administrada pelo marido dela, Renildo Lima, a empresa tem valor de mercado de R$ 11,1 milhões. A família tam'bem é proprietária da única opção de táxi aéreo da região, a Voare Táxi Aéreo.
Suplente de Maria Helena Teixeira Lima, Samir Xaud é médico e vinculado ao mesmo partida da parlamentar, o MDB. Nascido em Boa Vista, assumiria a vaga do pai, Zeca Xaud, na Federação Roraimense de Futebol, mas foi escolhido candidato único à presidência da CBF e conquistou o mandato por aclamação em 25 de maio deste ano.
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