Assunção — O Distrito Federal está representado em diversas modalidades nos Jogos Pan-Americanos Júnior de Assunção-2025. No entanto, o quesito numérico está reforçando a força de Brasília como polo de desenvolvimento dos saltos ornamentais. Na capital paraguaia, a cidade é casa de quatro dos seis atletas do Time Brasil. Além de carregar a bandeira do país, Caio Dalmaso, Heloá Camelo, Miguel Cardoso e Rafael Max vibram pela oportunidade de demonstrar a força do quadradinho em uma competição de nível continental.
A infraestrutura da capital se destaca na hora de atrair talentos consolidados ou em desenvolvimento. O Centro de Excelência em Saltos Ornamentais da Universidade de Brasília (UnB), por exemplo, disponibiliza uma piscina para a modalidade, plataformas de 5m, 7,5m e 10m e quatro trampolins (dois de 1m e dois de 3m), além de ginásio para treinamento, piscina olímpica de 50m e uma semiolímpica (25m). Espaços em outras regiões, como o Centro Olímpico do Gama, impulsionam o movimento.
Com disputas programadas até terça-feira (19/8), o Pan Júnior virou palco de ascensão dos brasilienses. Heloá participa das disputas de 1m, 3m (sincronizado, no qual ganhou um bronze com Maria Faoro, e individual) e 10m. Rafael compete nos trampolins de 1m e 3m (individual e sincronizado). Miguel entra em ação nas mesmas alturas, além da plataforma de 10m, na qual compete em dupla com Caio Santos. A intensa participação gera orgulho aos brasilienses.
"Representar nossa cidade é muito bom, fazer parte de uma potência tão forte dentro do nosso país. Mas competir pelo Brasil é ainda mais gratificante", ressaltou Miguel, lembrando a jornada incessante de treinamentos para ganhar o direito de representar as cores brasileiras. "São cargas de oito horas de treino por dia, de segunda a sábado. São frutos que a gente tem colhido desde muito tempo. São 10 anos nesse esporte. Não tem sensação igual a de saber que eu estou deixando minha cidade no topo e carregar na bandeira do meu país", completou.
Rafael também é só orgulho pela oportunidade de deixar a cidade em evidência em âmbito continental. "Viemos desde o início do projeto em Brasília. Então, a gente está conseguindo cada vez evoluir mais. Eu fico muito feliz por estar conseguindo levar os saltos ornamentais para vários lugares e ser conhecido mais, principalmente em Brasília. É muito satisfatória estar escrevendo essa história", complementou o saltador brasiliense.
COP do Gama
Medalhista pan-americana júnior, Heloá Camelo passou por todos os processos de evolução na modalidade. Descoberta pelo treinador Gabriel Serra, a brasiliense começou a praticar saltos ornamentais no projeto Futuro Campeão, no Centro Olímpico e Paralímpico do Gama. Com o rápido aprimoramento, a saltadora trocou de casa e passou a utilizar a base da Universidade de Brasília (UnB), onde também estuda educação física.
"Aquilo marcou muito a minha história, foi onde tudo começou. Devido a projetos, como o Futuro Campeão, eu consegui chegar aos Jogos Pan-Americanos e conquistar uma medalha de bronze", festeja a atleta, direcionando a atenção ao apoio para ações voltadas ao esporte. "Acho que o governo deveria dar mais incentivo para os centros olímpicos, criar mais projetos. Isso é o que faz a diferença e muda vidas. Mudou a minha e a de muitas crianças. Só de eu estar aqui hoje, é muito gratificante para mim e para minha família", vibrou.
A felicidade de subir no pódio na prova sincronizada da plataforma de 3m faz o coração de Heloá bater ainda mais forte quando lembra da cidade natal. "É muito importante. Estamos conseguindo colocar Brasília no topo dos saltos ornamentais. Treinamos todos os dias para isso incansavelmente e está valendo a pena. É muito gratificante", destacou a saltadora.
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