Assunção — Correr com um sorriso no rosto e a sensação de estar curtindo um passatempo foi o segredo para a conquista da medalha de ouro do Brasil no atletismo dos Jogos Pan-Americanos Júnior de Assunção-2025. Na noite desta terça-feira (19/8), Sabrina Gabrieli Pena reinou soberana na pista do Comitê Olímpico Paraguaio (SP). De ponta a ponta, a brasileira faturou o ouro na prova dos 800m e cumpriu uma profecia surgida em um sonho do treinador Anderson da Silva Carmo.
A conquista de Sabrina foi a única dourada do Brasil em um dia marcado por muita chuva na cidade de Assunção. O panorama fez as provas do atletismo atrasarem. Outras modalidades, como a patinação de velocidade, foram remarcadas. No entanto, o vento frio não conseguiu parar a brasileira. Intensa desde o início da prova, a atleta logo tomou a frente do pelotão e liderou até cruzar a linha de chegada com o tempo de 2m05s87, novo recorde da competição.
Com a bandeira do Brasil nos ombros, Sabrina compartilhou parte da estratégia e colocou a alegria na pista como ponto fundamental da conquista. "Concentrei muito na estratégia de prova. Meu treinador falou para eu me divertir correndo, ser feliz, porque quando é uma obrigação, não vai fluir. Então, é fazer uma saída bem forte e ser confiante até o final. Costumo correr assim, com uma saída mais forte e tentando liderar", comentou a atleta de 19 anos, elogiando o técnico Anderson da Silva Carmo.
Sabrina revelou, ainda, uma profecia feita pelo mentor meses antes da participação na competição da capital paraguaia. "Ele falou que tinha sonhado que eu tinha pegado a terceira colocação e que, depois da linha de chegada, eu vinha o abraçar. E agora a gente se surpreendeu com a medalha de ouro", vibrou a brasileira, visivelmente emocionada pelo feito histórico construído no Pan Júnior.
Posicionado nas arquibancadas molhadas da pista do COP, o treinador ganhou um afagos e elogios de Sabrina minutos após a conquista da medalha de ouro. "Muito feliz, grato primeiramente a Deus, a essa atleta disciplinar. A toda a equipe que faz parte também, a gente agradece todo o COB, o time Brasil, por dar todo esse apoio. E à atleta. Hoje é o dia dela, que ela seja muito feliz e temos muito trabalho ainda pela frente", vibrou Anderson.
A canadense Avery Pearson ficou com a medalha de prata (2m06s09) e a venezuelana Maria Rojas faturou a de bronze (2m06s10). A brasiliense Luíse Rosa Braga terminou a prova em sétimo lugar. "Dá um leve desespero ter uma pressão atrás o tempo todo. No final, vi até a sombra da minha adversária, mas entreguei tudo que eu tinha", completou a campeã.
A emoção também tomou conta de Sabrina no contato com os jornalistas. "Eu estou muito feliz, com meu coração transbordando de felicidade, de gratidão. Agradecer, primeiramente, a Deus por me capacitar, a toda a minha família que está torcendo, rezando por mim. Obrigada de coração, agradecer ao meu treinador e a todos aqueles que me apoiam", comemorou.
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