VÔLEI

Semi entre Itália e Brasil reforça o poder das ligas nacionais

Das 14 convocadas por Zé Roberto Guimarães, nove atuam na Superliga. Na squadra de Julio Velasco, 12 representam a elite italiana. Duelo definirá finalista do Mundial, neste sábado (6/9), às 9h30

Paola Egonu e Julia Kudiess prometem à parte na semifinal entre Itália e Brasil -  (crédito: Fivb/Divulgação)
Paola Egonu e Julia Kudiess prometem à parte na semifinal entre Itália e Brasil - (crédito: Fivb/Divulgação)

No futebol, alguns países mais exportam do que retêm talentos. O Brasil é um deles. A convocação do técnico de Carlo Ancelotti na Seleção é composta majoritariamente por jogadores vinculados ao exterior. A Itália também não reúne mais grandes jogadores como anteriormente. A lista de Gennaro Gattuso para esta Data Fifa tem nove boleiros empregados em outros países. No vôlei, a história é outra. Adversárias neste sábado (6/9) às 9h30 por vaga na final do Mundial, as duas nações ostentam elencos praticamente com maioria ligada às respectivas ligas nacionais. O SporTV2 transmite.

Donos das pranchetas de Brasil e Itália, José Roberto Guimarães e Julio Velasco têm à disposição tesouros nacionais. Das 14 escolhidas pelo treinador brasileiro para a caça ao inédito título mundial, nove desfilam na nossa Superliga. Um dos maiores orgulhos é o paredão formado por Diana e a brasiliense Julia Kudiess. As centrais de Sesi Bauru e Minas são as melhores bloqueadoras do segundo torneio mais relevante das quadras — atrás apenas dos Jogos Olímpicos —, com 18 cada.

O Sesc-Flamengo é o clube mais representado na Seleção neste Mundial. São quatro jogadoras lapidadas por Bernardinho no clube e potencializadas por Zé Roberto na companhia verde-amarela: a ponteira Helena, a líbero Laís, a central Lorena e a oposta Tainara. O Praia Clube acompanha Macris. O Barueri torce pela jovem Luzia, enquanto o Fluminense vibra com Marcelle, estreante com a equipe nacional nesta temporada.

As exceções à regra do Brasil são a oposta Kisy, vinculada ao Lokomotiv Kaliningrad (Rússia), a ponteira Julia Bergmann e a levantadora Roberta, ambas no Hava Yollari SK (Turquia), além da oposta Rosamaria, do Denso Airybees (Japão) e da capitã Gabi, craque do Conegliano (Itália).

Invicta há 34 partidas, a atual campeã olímpica e detentora dos troféus de três das últimas quatro edições da Liga das Nações, a Itália tem 12 das 14 jogadoras em constante exibição nas quadras do país. Dez enfrentam Gabi na forte Lega Pallavolo Serie A, enquanto duas dividem vestiários, alegrias e decepções: a líbero Monica De Gennaro e a central Sarah Fahr.

Por conhecerem a principal jogadora do Brasil na atualidade e segunda melhor do planeta, podem encontrar facilidade para anulá-la. Gabi reconhece: "Temos um desafio dificílimo, mas acredito na capacidade da equipe, nossa evolução. Na final contra a Itália pela Liga das Nações, nosso bloqueio e defesa funcionaram bem, mas não conseguimos aproveitar as oportunidades no contra-ataque e ataque, algo que conseguimos desenvolver um pouco melhor durante este Mundial", analisou após a classificação sobre a França.

O principal ponto de atenção do Brasil será com a oposta Paola Egonu. Campeã olímpica com a Itália em Paris-2024, a jogadora de 1,93m de altura é a atual melhor do mundo e terceira maior pontuadora da competição, com 96 bolas na chão.

Embora a Itália ainda esteja um patamar acima do Brasil e demais adversários, a estrela da squadra europeia prefere adotar discurso cauteloso. "Posso citar Brasil e Turquia (como adversários mais difíceis no cenário mundial). Mas todas as seleções são excelentes, e não subestimamos ninguém", comentou Egonu, ao site Tuttosport.

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postado em 05/09/2025 20:48
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