Futebol Feminino

Candangão Feminino: conheça Gaby, a camisa 9 do Minas com faro de gol

Atacante de 24 anos lidera artilharia com oito gols. Saiba como a carreira dela mudou do futsal para o campo e a influência da treinadora Kethleen Azevedo na carreira da goleadora das Minas

Gaby lidera a artilharia do Candangão Feminino com oito gols: a camisa 9 vinda do Mato Grosso caiu bem no ataque do Minas Brasília -  (crédito: Patricy Albuquerque/Minas Brasília )
Gaby lidera a artilharia do Candangão Feminino com oito gols: a camisa 9 vinda do Mato Grosso caiu bem no ataque do Minas Brasília - (crédito: Patricy Albuquerque/Minas Brasília )

Tricampeão candango, o Minas Brasília não é somente líder do torneio doméstico em 2025. O time tem a artilheira isolada do campeonato antes do início da penúltima rodada da primeira fase (confira os jogos no fim desta matéria). A atacante Gabrielly Giani da Silva Costa, a Gaby, coleciona oito gols. A camisa 9 faz a diferença no time da técnica Kethleen Azevedo.

Aos 24 anos, a mato-grossense de Acorizal começou a trajetória no futsal. Gaby jogava na escola em que estudava em campeonatos regionais e estaduais. A paixão da atacante era pelas quadras. Nunca foi muito de se aventurar pelos gramados. Em 2021, ao receber convite do amigo César, conhecido como Fuscão, treinador da equipe do Mixto-MT, ela encarou o desafio nos campos de futebol.

No mesmo ano, disputou o Campeonato Mato-Grossense e conquistou a artilharia do torneio com 10 gols. Daquele momento em diante, foram só alegrias. Em 2022, assinou o primeiro contrato profissional e desbloqueou novas experiências. Adicionou ao currículo três títulos estaduais e a taça do Campeonato Brasileiro. Na terceira divisão do nacional, conheceu a treinadora Kethleen Azevedo. Naquele ano, a equipe do Mixto conseguiu o acesso com o título da Série A3. Desde então, Gaby e a professora seguiram juntas.

Apesar do início vitorioso, o processo de adaptação da atleta não foi moleza. "No Mixto foi um começo bem difícil. Tinha toda a questão da adaptação e da transição do futsal para o campo. Tive que, praticamente, aprender a jogar futebol de verdade. Tive o meu primeiro contato com o trabalho físico. Tudo era novo para mim. Ao decorrer dos anos, fui evoluindo. Fui muito feliz, artilheira por dois anos seguidos, tricampeã mato-grossense, campeã brasileira. Saí de lá como 'ídola', muito querida pela torcida que eu amo e como uma das maiores artilheiras do clube com 46 jogos e 32 gols", conta ao Correio Braziliense.

Confiante no potencial da jogadora, Azevedo convidou Gaby para disputar o Campeonato Mineiro pelo Itabirito, um novo projeto no futebol feminino. Pela primeira vez jogando longe de casa, a dupla novamente fez história. Dessa vez, em Minas Gerais. Entretanto, na semifinal da competição, Gaby quebrou o cotovelo esquerdo. A lesão acarretou o afastamento dos últimos jogos. No fim, o time mineiro conquistou o acesso para o Brasileirão A3 e a parceria resiste ao tempo.

“No Itabirito foi a primeira experiência morando longe dos meus pais. Às vezes, a falta deles acabava me atrapalhando um pouco. Eu tive uma lesão que acabou me tirando da fase final do campeonato no qual eu vinha jogando muito bem. Mas foi um ano de amadurecimento como pessoa e como atleta. Gostei bastante”, testemunha.

No Minas Brasília não foi diferente. A treinadora fez questão de trazer a atacante para o clube candango. Contente com o resultado e o bom momento, Gaby se sente valorizada. "Eu estou muito feliz. Aqui é diferente. O tempo todo, pela comissão e pelas presidentes. O mental importa muito, então nada me afeta como antes. Quando estou em campo, estou feliz", comemora.

"A treinadora criou um monstrinho", brinca. Embora a dupla tenha acumulado muitas conquistas, se adaptar ao estilo tático de Kethleen não é simples. "Meu primeiro ano com ela foi um pouco complicado. Ela tem um estilo de jogo que eu não me encaixava tanto pra ser titular, então sempre fiquei no banco e, às vezes, não joguei. Mas sou persistente e saber que falam que sou jogadora de confiança dela hoje, para mim, é gratificante. É muito trabalho, é muito 'Gabrielly' que eu escuto diariamente. Ela tem mérito também em toda essa minha evolução", relata.

“Eu estou muito feliz com a primeira experiência jogando o Candango. Se Deus quiser a artilharia vem”, projeta. Gaby lidera com oito gols no campeonato. Porém, a companheira Jayane vem logo atrás, com seis gols no campeonato. “Ela é uma das minhas melhores amigas. Nós brincamos às vezes falando que quem der o passe tem que pagar R$50", descontrai.

Programe-se

Candangão Feminino — 6ª rodada

Sábado (20/9/2025)

10h Real Brasília x Cresspom 

Estádio: Defelê, na Vila Planalto

16h Minas x Luziânia

Estádio: Bezerrão, no Gama

Domingo (21/9/2025)

15h30 Ceilândia  x Cruzeiro

Estádio: Abadião, em Ceilândia

 

*Estagiária sob a supervisão de Marcos Paulo Lima

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postado em 20/09/2025 15:05 / atualizado em 20/09/2025 15:10
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