MARCHA ATLÉTICA

E se o Caio fosse um país?

Ouro e prata renderiam 12º lugar no quadro de medalhas do Mundial. Como mostrou a edição de ontem do Correio, o marchador brasiliense recuperou aliança perdida no caminho dourado depois de a IA ajudar a esposa a localizá-la daqui do DF

 Caio Bonfim, na cerimônia de premiação: lugar mais alto do pódio, ouro e 4ª medalha em Mundiais -  (crédito:  Fernanda Paradizo/CBAt)
Caio Bonfim, na cerimônia de premiação: lugar mais alto do pódio, ouro e 4ª medalha em Mundiais - (crédito: Fernanda Paradizo/CBAt)

A República Democrática do Caio Bonfim estaria em festa se o fenômeno da marcha atlética fosse uma nação. Ouro nos 20km e prata nos 35km no Campeonato Mundial de Atletismo, o brasiliense de 34 anos ficaria em 13º no quadro final de medalhas. Terminaria empatado com Trinidad e Tobago e faria o Brasil despencar para a 27ª posição com a prata de Alison dos Santos, o Piu. Isso refelete o peso da estrela do Centro de Atletismo de Sobradinho (CASO) na melhor campanha do país em 20 edições do evento.

"A gente precisa de ídolos que inspiram, que são referências e o Caio Bonfim tem sido fantástico", comemora o presidente da Confederação Brasileira de Atletismo, Wlamir Motta Campos.

Caio Bonfim embarcou ontem em um voo da Qatar Airways com escalas em Doha, no Catar, e Guarulhos, em São Paulo, na longa viagem com destino final em Brasília com a mãe, Gianetti Sena. A chegada à capital está prevista para 0h desta segunda para terça-feira.

Ele vai passar pelo saguão como maior medalhista do Brasil na história do Mundial de Atletismo. Além do ouro e da prata em Tóquio-2025, ostenta na coleção um bronze nas versões de Londres-2017 e de Budapeste-2023. Das 19 medalhas brasileiras ao ar livro, quatro são de Caio, ou seja, praticamente um quarto.

Mais importante do que os resultados foi o resgate da aliança de casamento. Caio Bonfim havia perdido o símbolo da união com Juliana durante a prova. Na edição de ontem, a esposa contou ao Correio como ajudou, de Sobradinho, a localizar o anel em Tóquio. Auxiliada pela Inteligência Artificial, ela rastreou conversas e deixou o marido na "cara do gol" para retirar a joia com uma voluntária japonesa do Campeonato Mundial de Atletismo na sede da competição.

Emocionado, Caio gravou vídeo da "cerimônia" de entrega. Brincalhão, conferiu se era a mesma, beijou-a, colocou-a no dedo anelar da mão esquerda e pediu desculpas" "Ju, te amo, desculpa aí". Na despedida, fez o tradicional agradecimento nipônico à funcionária e partiu rumo ao aeroporto. Em abril, o DF receberá o Mundial de Marcha Atlético por equipes.

 

  • Google Discover Icon
MP
postado em 22/09/2025 06:00
x