
Em tempos de João Fonseca, o Brasil ganhou um novo personagem a seguir no tênis. Goiano radicado em Brasília, o jovem Guto Miguel chegou à semifinal do US Open Juvenil neste mês. Foi superado pelo búlgaro Alexander Vasilev, por 2 sets a 1, mas a campanha do garoto adotado pelo Distrito Federal surpreendeu o país. Em entrevista ao Correio, Guto, personagem de um reportagem em 30 de maio deste ano como uma das joias da capital na modalidade, contou falou sobre a segunda passagem pelo campeonato nos EUA e a projeção na carreira.
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Luis Guto Miguel tem 16 anos. Começou a jogar tênis aos cinco anos de idade, mas a modalidade corre na veia do goiano radicado em Brasília desde o nascimento. Enquanto a mãe, Erika Miguel, estava em trabalho de parto, o pai do Guto, Luis Miguel, também se encontrava depois de ter torcido o pé durante uma partida de... tênis.
O incentivo veio de dentro de casa. Acompanhando a paixão dos pais pelo esporte, Luis resolveu se aventurar. Com o passar do tempo, gostou e passou a se aprimorar. O talento chamou a atenção de Luis Miguel. Ao notar o comprometimento de Guto com o tênis, passou a investir na carreira dele. Mais tarde, a decisão de levar a sério as competições veio após o triunfo no Banana Bowl, um dos torneios juvenis mais importantes do mundo, parte do circuito da ITF e da Confederação Sul-Americana de Tênis (COSAT). "Ali eu peguei gosto de verdade para o esporte", detalha.
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No começo, era um hobby. A virada de chave surgiu com a mudança de Guto para o DF. O goiano passou a treinar no Iate Clube, na Dumont Tênis, com os treinadores Kike e Dumont. "Começou a ser um trabalho quando eu me mudei para Brasília. Acredito que eu tenha me profissionalizado mais, estava em outra cidade e longe da minha família. Desse momento em diante, entendi que foi o começo para uma carreira profissional", demarca.
Guto colecionou troféus em torneios de base, como a Copa Guga. No currículo, exibe títulos do J100 de Cali e do J200 de Bogotá, ambos na Colômbia. Em 2024, foi campeão do Roland Garros, garantindo a classificação para a competição deste ano. A última conquista foi no ITF J300 de Repentigny, no Canadá. Na Bélgica, triunfou no J300 de Charleroi-Marcinelle.
No começo de setembro, Guto foi para a disputa do US Open Juvenil. Na semifinal da competição, o jovem de 16 anos foi superado pelo búlgaro Alexander Vasilev, por 2 sets a 1. Embora de ter ido longe, Luis admite ter chegado receoso à disputa. "Eu tinha pontos para defender, vários outros fatores. Havia vindo de, não péssimos Grand Slam, mas acho que com maus resultados. Perdi a primeira e a segunda rodada. Conversei todos os dias com meu psicólogo, Pedro Lobo. Acredito ter sido o ponto chave", detalha.
"O US Open foi uma experiência incrível", testemunha, mesmo com as dificuldades. "Entrei meio receoso e tentei dar o meu melhor a cada jogo, com a chave muito importante. Acho que foi uma experiência muito produtiva para mim. É muito gratificante", conclui.
Os planos são claros: começar a jogar competições profissionais. No próximo ano, Guto Miguel completará 17 anos. Está perto de se despedir das categorias juvenis, mas ainda conciliará as disputas da categoria com o foco de encarar torneios profissionais.
Estagiária sob a supervisão de Marcos Paulo Lima
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