AUTOMOBILISMO

Felipe Massa tem chance de receber indenização milionária da Fórmula 1

Massa move uma ação em decorrência do resultado do campeonato mundial de 2008. Apesar de não ter a intenção de alterar o desfecho, o ex-piloto brasileiro pede por uma idenização e pelo reconhecimento do erro por parte da FIA

Felipe Massa competiu na Fórmula 1, principal categoria do automobilismo mundial, durante os anos de 2002 e de 2004 a 2017, em duas passagens. Ele jamais foi campeão mundial -  (crédito: JOHN THYS)
Felipe Massa competiu na Fórmula 1, principal categoria do automobilismo mundial, durante os anos de 2002 e de 2004 a 2017, em duas passagens. Ele jamais foi campeão mundial - (crédito: JOHN THYS)

A corte inglesa iniciou, nesta quarta-feira (29/10), as primeiras audiências do caso do ex-piloto brasileiro de Fórmula 1, Felipe Massa, contra a Formula One Management (FOM), a Federação Internacional de Automobilismo (FIA), e Bernie Ecclestone, ex-gestor da categoria. O julgamento ocorre até esta sexta-feira (31/10). 

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Massa moveu uma ação em decorrência do resultado do campeonato mundial de Fórmula 1 de 2008, quando o brasileiro ficou com o vice-campeonato. Serão três dias de exposições dos advogados das partes perante o juiz Robert Jay, que pode proferir sua decisão já na sexta sobre a continuidade ou encerramento do caso. Jay também pode, além disso, levar mais algumas semanas, até meses, para se pronunciar a respeito.

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Massa move o processo no Tribunal Superior de Londres para obter uma declaração de que deveria ter vencido o campeonato daquele ano, que perdeu para Lewis Hamilton, por apenas um ponto. Apesar disso, ele não busca uma mudança no resultado final da disputa, mas apenas a constatação de que deveria ter vencido. Ele ainda pede cerca de US$ 85,9 milhões, algo em torno de R$ 461 milhões, além de juros.

O brasileiro reivindica o troféu na Justiça por conta da batida proposital de Nelsinho Piquet, da Renault, que causou a entrada do carro de segurança na 14ª volta da corrida e favoreceu Fernando Alonso, também, à época, funcionário da Renault. A colisão fez o então piloto da Ferrari ir aos boxes para trocar os pneus e terminou com um incidente com a mangueira de combustível, que o fez chegar em 13º. O campeão foi Hamilton, que marcou seis pontos naquele GP e venceu o Mundial com um de diferença.

Anos após a morte de Max Mosley, presidente da FIA (Federação Internacional de Automobilsimo) de 1993 a 2009, Ecclestone teria dito ao F1 Insider que ele e o antigo dirigente decidiram não fazer nada após as denúncias vindas da própria família Piquet, em 2009, para "proteger o esporte e salvá-lo de um escândalo".

Em março de 2023, Bernie afirmou que, já à época, em 2008, sabia da intencionalidade da batida. Caso tivesse se pronunciado durante aquele ano, medidas poderiam ter sido tomadas. Cinco meses depois, em agosto de 2023, no entanto, afirmou que "não se lembrava" da tal entrevista em que admitiu ter conhecimento do caso. 

O trecho da conversa que motivou Massa a abrir o processo foi: "De acordo com as regras, provavelmente teríamos que anular a corrida em Cingapura nessas circunstâncias. Para fins da classificação do Campeonato Mundial, ela nunca teria acontecido. Então, Massa teria sido campeão, e não Hamilton".

*Com informações da Agência Estado 

 

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postado em 29/10/2025 18:49
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