
Os estudantes Arthur Orrico, Ádryan Teixeira, Rafaela Pereira, Lívia Santos e Ravi Chaves, do 2º ano do Centro de Ensino Médio Integrado do Cruzeiro (CEMI), foram selecionados, nesta sexta-feira (27/6), para um intercâmbio no Reino Unido, no segundo semestre do ano, por meio do projeto Pontes para o Mundo, da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEE-DF). Das 100 vagas disponibilizadas para o Brasil, cinco foram para o CEMI.
Os alunos receberam, da primeira-dama Mayara Noronha e da secretária de Educação do DF, Hélvia Paranagua, um kit com perfume, tênis e uma placa comemorativa. “Escolhemos o Reino Unido porque a maioria dos estudantes opta pela língua inglesa, mas queremos expandir para os outros países, com outros idiomas”, relatou Hélvia, reforçando a necessidade de que mais jovens tenham uma experiência fora do Brasil.
Ela destacou a importância da educação integral, pois os alunos têm mais tempo para leitura e para se dedicarem aos estudos. “É um programa que vai ser um divisor de águas na vida desses meninos. Eu tive a oportunidade, enquanto adolescente, de passar um ano no internato e foi uma mudança de vida para mim”, contou.
“Você está aqui, no mundinho com seu pai, sua mãe, e de repente tem que se virar sozinho num país de língua diferente, com pessoas que você não conhece, interagindo com gente do mundo inteiro. É uma oportunidade de crescimento pessoal muito grande, não só como estudante, mas como ser humano”, disse Hélvia. Sobre a greve dos professores, que terminou na quarta-feira (24/6), a secretária acrescentou que todos os professores já retornaram ao trabalho, com 100% das escolas funcionando.
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Quem idealizou o projeto foi o professor David Nogueira, que já morou fora e realizou intercâmbios. “Eu sei o valor que isso tem, e como isso agrega para a vida da gente. Estava em uma reunião do Conselho de Secretaria de Educação (CONCED), em 2019, na Paraíba. Vi um programa que eles estavam fazendo lá, e era similar a esse, de enviar estudantes da escola pública para estudar fora. Quando eu voltei para o Distrito Federal, comecei a movimentar isso na Secretaria de Educação”, relatou.
Ele explicou que, com a pandemia, a atividade teve que ser suspensa, mas que está feliz de realizar a primeira edição agora e ver as coisas acontecendo. “Estamos muito focados em fazer com que todas as etapas ocorram da melhor forma possível”, finalizou.
Ravi Chaves, 16 anos, estava acompanhando os resultados e sabia que tinha chance de ir, mas não esperava a comemoração nesta sexta-feira. Ele disse que a mãe e o avô o apoiaram muito e agora vai afiar o inglês. “Eu vou dar uma aprimorada, mas estou bem familiarizado com a língua. Muito por estudar desde pequeno e por estar sempre em contato, tanto por jogos, pelas redes sociais e filmes também”, argumentou.
A estudante Lívia Santos, 16, quer seguir o futuro na área de Tecnologia e Informação (T.I), assim como o pai, que é a referência para ela na área. Lívia disse que ficou preocupada com a notícia que alguém importante iria na escola, mas assim que ficou sabendo que era sobre o projeto, se alegrou na hora. Além disso, ela expressou os sentimentos que teve na época da greve. “Esses dias eu fiquei muito tensa, porque estava pensando que poderia acontecer qualquer coisa com essa greve, como cancelar a viagem. Se cancelassem, eu iria ficar muito triste, mas eu estou muito feliz por ter conseguido passar e agora é fazer as malas”, destacou.
Para Rafaela Pereira, 16, ainda não caiu a ficha que passou no exame. “Eu ainda tô tentando me achar aqui, mas estou muito animada e feliz”, valorizou. Ela disse que o convite para participar chegou a partir do professor de inglês, que passou na salas falando sobre o projeto. A partir daí, foi só colocar os nomes e realizar a prova.
O sonho da estudante sempre foi participar de um intercâmbio. Ela confessou que está nervosa, mas já quer arrumar as malas para viajar.
Ádryan Isaque Teixeira, 16, é outro estudante que passou no exame. Na hora da prova, ele estava confiante, mas ficou receoso ao sair. Ele disse que se não é muito próximo dos colegas que passaram também, mas que agora vai ser. “Quisemos passar juntos, estudamos, nos esforçamos para isso e a gente planejou”, afirmou.
Muito ligado nas redes sociais, Arthur Orrico, 16, pensa em ser programador, principalmente de jogos. Mas para ele, não dá para ter só um plano na cabeça, porque pode dar errado. Ele também sonha em ser youtuber e streamer, mas sabe que é difícil. “Estou bastante ansioso e nervoso também. Preciso afiar o inglês, mas se me soltarem lá, eu sobrevivo”, garantiu.
Arthur falou que vai sentir falta da família, principalmente do irmão gêmeo. A mãe dos dois brincou dizendo que eles nunca ficaram tanto tempo separados desde o nascimento. Apesar disso, todos da família o apoiam.
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