Educação básica

Prêmio Educador Nota 10 anuncia os finalistas da 27ª edição

Organizado pelo Instituto Somos, premiação é a de maior prestígio na educação básica do país

Gabriel Botelho
postado em 25/08/2025 23:25
O Instituto, ademais, anunciou que houve recorde de inscrições, com mais de 4 mil projetos -  (crédito: Divulgação/Prêmio Educador Nota 10 (2024))
O Instituto, ademais, anunciou que houve recorde de inscrições, com mais de 4 mil projetos - (crédito: Divulgação/Prêmio Educador Nota 10 (2024))

Premiação de maior prestígio na educação básica brasileira, o Prêmio Educador Nota 10 anunciou, nesta segunda-feira (25/8), os finalistas da 27ª edição. Os vencedores, assim como o Educador do Ano, serão anunciados no próximo dia 28 de outubro, durante cerimônia na Pinacoteca, em São Paulo (SP). 

Foram selecionados nove educadores de escolas brasileiras que desenvolveram projetos transformadores e de impacto em suas comunidades, alinhados aos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 das Nações Unidas.

O Instituto Somos, responsável pela iniciativa, informou que a edição bateu recorde de inscrições, com mais de 4 mil projetos — 45% a mais do que em 2024.

"Este prêmio nos lembra por que fazemos o que fazemos. É estimulante conhecer iniciativas que saem dos muros das escolas e alcançam a comunidade como um todo. Isso mostra a força e o protagonismo de quem está na linha de frente, e reforça o papel do prêmio em dar visibilidade a esses educadores”, comenta Guilherme Mélega, presidente do Instituto Somos.? 

Segundo o grupo, a iniciativa foi proposta e desenvolvida por professores e gestores de escolas públicas e provadas. Para isso, estiveram alinhados a três eixos temáticos: Direitos Humanos, Sustentabilidade e Inovação e Tecnologia. Três educadores foram selecionados para cada categoria.  

Diversos elementos serão distribuídos aos vencedores. Os primeiros, segundos e terceiros colocados em cada categoria receberão, respectivamente, prêmios nos valores de R$ 25 mil, R$ 20 mil e R$ 15 mil. Os ganhadores, além disso, terão em mãos bolsas integrais de pós-graduação do Singularidades e acesso à PROFS, plataforma online de formação continuada para educadores, desenvolvida pela Somos Educação. Os primeiros colocados ainda competirão, automaticamente, pelo prêmio de Educador do Ano. 

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Confira os finalistas:

Categoria “Inovação e Tecnologia”: 

  •  Claudia Amaral, da Escola Estadual Cásper Líbero, de Bragança Paulista (SP), com o projeto “Meu Futuro Nesta Sociedade” - O projeto buscou trazer reflexões sobre pobreza, economia, educação financeira e empatia, com foco na formação cidadã e no protagonismo juvenil. Promoveu o uso da língua inglesa em contextos reais de comunicação, incentivou reflexões sobre o futuro e fortalece a autoestima e engajamento dos alunos. Além disso, o projeto envolveu o intercâmbio virtual com estudantes de uma escola americana, além de atividades culturais, apresentações e a criação de uma página,  
  • Jeyze Duarte Martins, da Escola Estadual de Ensino Médio Murumuru Anexo I, de Monte Alegre (PA), com o projeto “Circuito de Atletismo” - Realizado pelos alunos do 3º ano do Ensino Médio, promoveu o protagonismo juvenil por meio da organização de um evento esportivo pedagógico e, ao final, os alunos organizaram e participaram de provas de corrida, salto e arremesso, atuando como árbitros e monitores.  A iniciativa desenvolveu habilidades como liderança, comunicação e trabalho em equipe, superando desafios de infraestrutura com criatividade. 
  • Priscila Fabiana Rodrigues Terencio, da Escola Estadual Ângelo Scarabucci, de Franca (SP), com o projeto “Chegadas e partidas: Histórias que se conectam” - Alunos e professores resgataram histórias da escola e do bairro, produziram conteúdos midiáticos e um documentário. A iniciativa valorizou a cultura local, desmistificou estigmas sociais e consolidou a escola como espaço de criação, acolhimento e transformação social. 

 Categoria “Sustentabilidade”:  

  • Gustavo Santos Bezerra, da Escola Técnica Estadual Professor Paulo Freire, de Carnaíba (PE), com o projeto “Dos resíduos aos recursos: Proposta de reutilização dos subprodutos das casas de farinha do Quilombo do Caroá” - Desenvolveu um projeto voltado à sustentabilidade e preservação ambiental no Quilombo do Caroá, buscando soluções para os resíduos tóxicos gerados pelas casas de farinha, como a manipueira e as cascas de mandioca. Os estudantes elaboraram protótipos que reaproveitam esses subprodutos, transformando-os em materiais como blocos de construção, vinagre, biodigestores, madeira ecológica e plástico biodegradáveis.  
  • Marta Maria da Silva, da Creche Maria Anunciada de Arruda-Irmã Linda, de Paulista (PE), com o projeto “Mar de Descoberta” - Desenvolvido com bebês, famílias e educadores, promoveu uma imersão sensorial no universo marinho. Inspirado em locais simbólicos da cidade de Paulista, utilizou ambientações com tecidos, sons, livros e elementos naturais para estimular a curiosidade, o vínculo afetivo e o desenvolvimento integral das crianças. 
  • Rafael César Costa Silva, da Escola Estadual Governador Milton Campos, de São João del-Rei (MG), – com o projeto “Riscos em Perspectiva: o bairro Matosinhos em São João del-Rei (MG) em Maquetes” - Desenvolvido com alunos do 1º Ano do Ensino Médio, integrou teoria e prática para promover a compreensão dos riscos urbanos e ambientais na região da escola, buscando contribuir para a formação de jovens conscientes e capazes de propor soluções para uma cidade mais segura e sustentável. Os alunos estudaram conceitos geográficos e construíram maquetes que representaram pontos de vulnerabilidade do território. 

 Categoria “Direitos Humanos”:  

  • Lidiane Silva Pereira dos Santos de São Paulo (SP), do Colégio Santa Cruz – com o projeto “Voz de levante das trabalhadoras domésticas, estudantes da EJA” - o projeto teve como foco investigar e valorizar as experiências de trabalho vividas pelos estudantes da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJA), reconhecendo o trabalho como elemento estruturante de suas trajetórias de vida. Com a articulação entre leitura, produção escrita, oralidade e análise linguística, o projeto apresentou um currículo que prevê a elaboração de caminhos individuais e coletivos de emancipação para a classe trabalhadora. 
  • Maria Cristina Bezerra de Lima Castro, de João Dourado (BA), da Escola Municipal Professora Ida Bastos – com o projeto “Eu Vejo Você: o Clube da Leitura Antirracista”. Promoveu uma educação inclusiva e representativa para alunos negros e quilombolas. A iniciativa surgiu como resposta às recorrentes situações de racismo e bullying vivenciadas no ambiente escolar, buscando fortalecer a autoestima, o senso de pertencimento e a valorização da identidade desses estudantes. Com encontros semanais nas aulas de História, o clube promoveu a leitura e o debate de obras antirracistas, de autoria negra, criando um espaço seguro para o diálogo, a escuta ativa e o compartilhamento de experiências. 
  • Renata Moura dos Santos, de São Paulo (SP), da Escola Municipal de Educação Infantil Parque Bologne – com o projeto “Pra ver se me enxergo!”. Buscou fortalecer a identidade das crianças e promover uma educação antirracista, apresentando referências artísticas negras periféricas, por meio de atividades culturais como leitura de livros, produção de maquetes e autorretratos. As crianças puderam se reconhecer, valorizar suas origens e refletir sobre a diversidade étnico-racial.    

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