
David Letterman, ex-apresentador e criador do Late Show, da CBS, comentou sobre a suspensão do Jimmy Kimmel Live!. Na segunda-feira (15/9), Kimmel havia abordado em seu programa o assassinato de Charlie Kirk, influenciador pró-Trump.
Em um debate no The Atlantic Festival, Letterman qualificou a presidência de Donald Trump como uma “administração autoritária e criminosa” e destacou que nunca teve seu humor político “pressionado por agências do governo”.
“Sabe, eu me sinto mal com isso, porque todos nós vemos aonde isso vai parar. É mídia controlada, e não é bom. É tolo. É ridículo”, afirmou Letterman em conversa com Jeffrey Goldberg. “Não se demite alguém por medo ou para agradar uma administração autoritária e criminosa na Casa Branca. Simplesmente não funciona assim.”
Letterman, que também apresentou o Late Night da NBC, comentou sobre Brendan Carr, presidente da Comissão Federal de Comunicações (FCC), que criticou as falas de Kimmel sobre a morte de Kirk. “Esse cara da FCC disse: ‘Podemos fazer as coisas do jeito fácil. Podemos fazer do jeito difícil’. Quem está contratando esses capangas? Mario Puzo?”, ironizou, referenciando o escritor de livros de máfia.
O comediante ainda disse que Kimmel “está muito bem” apesar da suspensão de seu programa e da repercussão do caso. Ele acrescentou: “No mundo de alguém autoritário, talvez uma ditadura, mais cedo ou mais tarde todos serão afetados”, lembrando também o exemplo de Stephen Colbert, atual apresentador do Late Show. Em julho, a CBS anunciou que o programa de Colbert será encerrado em maio de 2026, alegando questões orçamentárias.
O Jimmy Kimmel Live!, exibido pela ABC, foi suspenso indefinidamente em 17 de setembro, após Kimmel comentar sobre o assassinato de Kirk. No programa, Kimmel afirmou que “a turma do MAGA — Make America Great Again, slogan de campanha trumpista — está desesperada para caracterizar esse garoto que matou Charlie Kirk como qualquer coisa que não seja um deles, fazendo de tudo para tirar proveito político disso”.
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