ESTADOS UNIDOS

Mulher descobre que pai era o médico de clínica de fertilidade

Mãe de McKesson, residente em Fayetteville, acreditava que o esperma utilizado nas inseminações vinha de doadores anônimos, no entanto, o esperma era do própio médico que fez o procedimento

Mulher descobre que pai era médico de clínica de fertilidade -  (crédito: Reprodução/Facebook )
Mulher descobre que pai era médico de clínica de fertilidade - (crédito: Reprodução/Facebook )

Summer McKesson, 43 anos, moradora de Atlanta, nos Estados Unidos, durante anos, enfrentou episódios recorrentes de coágulos no coração e nos pulmões, sem causa aparente. Em 2022, após uma cirurgia de emergência para remover os coágulos, os médicos notaram que o tecido conjuntivo de McKesson era “anormalmente frágil” — o que levou à suspeita, depois confirmada, de Síndrome de Marfan, uma condição genética que afeta o sistema cardiovascular e o tecido conjuntivo.

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Além disso, exames complementares revelaram que o distúrbio de coagulação da paciente também tinha origem genética. A síndrome exige acompanhamento médico constante e pode reduzir drasticamente a expectativa de vida se não for tratada.

Sem histórico familiar da doença, McKesson decidiu recorrer a um teste de DNA em outubro de 2023. O resultado trouxe uma revelação inesperada: ela possuía sete meio-irmãos. “Fiquei em choque. Minha cabeça girava. Pensei: como isso é possível? Será que meu pai tinha outra família?”, relatou à CNN.

Posteriormente, ela também descobriu o verdadeiro pai biológico é médico Charles Henry Peete Jr., especialista em fertilidade e professor assistente da Universidade Duke, onde atuou a partir de 1956. Peete morreu em 2013, aos 89 anos, sem jamais ter respondido pelas práticas.

Entre o fim da década de 1970 e o início dos anos 1980, Peete realizou inseminações intrauterinas usando seu próprio material genético em pacientes que buscavam tratamento para infertilidade — sem o conhecimento ou autorização delas. A mãe de McKesson, residente em Fayetteville, havia sido uma dessas pacientes. Na época, acreditava que o esperma utilizado nas inseminações vinha de doadores anônimos, como estudantes de medicina da universidade. Décadas depois, o DNA comprovou o contrário.

Um ano e meio após a descoberta, Summer McKesson tenta transformar a dor em propósito. Ela compartilha sua história para alertar outras famílias e incentivar a transparência na medicina reprodutiva. “Espero que, ao contar o que aconteceu, eu possa ajudar a evitar que mais alguém passe por isso — e, quem sabe, salvar a vida de algum meio-irmão meu, compartilhando nosso histórico genético”, afirmou.

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postado em 28/10/2025 07:31 / atualizado em 28/10/2025 07:31
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