
O Ministério Público da Coreia do Sul indiciou nesta segunda-feira (10/11) o ex-presidente Yoon Suk Yeol por novas acusações de "ajudar o inimigo", alegando que ele ordenou o voo de drones sobre a Coreia do Norte para reforçar sua declaração de lei marcial.
A Coreia do Norte afirmou no ano passado que havia "provado" que drones do Sul lançaram material de propaganda sobre sua capital, Pyongyang, algo que o Exército sul-coreano não confirmou.
O MP abriu este ano uma investigação para determinar se o envio de drones foi uma tentativa ilícita de provocar o Norte e utilizar sua reação como pretexto para declarar a lei marcial.
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A promotora Park Ji-young declarou nesta segunda-feira à imprensa que sua equipe apresentou "acusações de beneficiar o inimigo e abuso de poder" contra o ex-presidente.
Yoon e seus aliados "conspiraram para criar as condições que permitiriam a declaração de uma lei marcial de emergência, aumentando o risco de um confronto armado intercoreano", indicou Park.
Ela destacou que evidências foram encontradas em um memorando escrito em outubro pelo ex-comandante de contrainteligência de Yoon, no qual pressionava para "criar uma situação instável ou aproveitar uma oportunidade que surja".
Seul e Pyongyang permanecem tecnicamente em guerra desde que o conflito armado de 1950-53 terminou com um armistício, não um tratado de paz.
Yoon provocou uma crise política na Coreia do Sul quando declarou a lei marcial em dezembro do ano passado e enviou soldados à sede do Parlamento para tentar impedir que os legisladores votassem para reverter a medida.
Sua tentativa fracassou e Yoon foi detido em janeiro. Em abril, ele foi removido do cargo e seu rival Lee Jae Myung assumiu a presidência após as eleições gerais de junho.
Yoon também enfrenta acusações de insurreição e outras ofensas relacionadas com sua declaração de lei marcial.

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