COREIA DO SUL

Ex-presidente sul-coreano Yoon indiciado por 'ajudar o inimigo'

O MP abriu este ano uma investigação para determinar se o envio de drones foi uma tentativa ilícita de provocar o Norte e utilizar sua reação como pretexto para declarar a lei marcial

O novo presidente eleito da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, do principal partido de oposição People Power Party, chega para ser parabenizado por apoiadores do lado de fora da sede do partido em Seul, Coreia do Sul, em 10 de março de 2022.        -  (crédito: Jung Yeon-je / AFP)
O novo presidente eleito da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, do principal partido de oposição People Power Party, chega para ser parabenizado por apoiadores do lado de fora da sede do partido em Seul, Coreia do Sul, em 10 de março de 2022. - (crédito: Jung Yeon-je / AFP)

O Ministério Público da Coreia do Sul indiciou nesta segunda-feira (10/11) o ex-presidente Yoon Suk Yeol por novas acusações de "ajudar o inimigo", alegando que ele ordenou o voo de drones sobre a Coreia do Norte para reforçar sua declaração de lei marcial.

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A Coreia do Norte afirmou no ano passado que havia "provado" que drones do Sul lançaram material de propaganda sobre sua capital, Pyongyang, algo que o Exército sul-coreano não confirmou.

O MP abriu este ano uma investigação para determinar se o envio de drones foi uma tentativa ilícita de provocar o Norte e utilizar sua reação como pretexto para declarar a lei marcial.

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A promotora Park Ji-young declarou nesta segunda-feira à imprensa que sua equipe apresentou "acusações de beneficiar o inimigo e abuso de poder" contra o ex-presidente.

Yoon e seus aliados "conspiraram para criar as condições que permitiriam a declaração de uma lei marcial de emergência, aumentando o risco de um confronto armado intercoreano", indicou Park.

Ela destacou que evidências foram encontradas em um memorando escrito em outubro pelo ex-comandante de contrainteligência de Yoon, no qual pressionava para "criar uma situação instável ou aproveitar uma oportunidade que surja".

Seul e Pyongyang permanecem tecnicamente em guerra desde que o conflito armado de 1950-53 terminou com um armistício, não um tratado de paz.

Yoon provocou uma crise política na Coreia do Sul quando declarou a lei marcial em dezembro do ano passado e enviou soldados à sede do Parlamento para tentar impedir que os legisladores votassem para reverter a medida.

Sua tentativa fracassou e Yoon foi detido em janeiro. Em abril, ele foi removido do cargo e seu rival Lee Jae Myung assumiu a presidência após as eleições gerais de junho.

Yoon também enfrenta acusações de insurreição e outras ofensas relacionadas com sua declaração de lei marcial.

 

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Por AFP
postado em 10/11/2025 09:25 / atualizado em 10/11/2025 09:25
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