
O Brasil ostenta um quarto dos candidatos ao título da Copa do Mundo de Clubes da Fifa nas oitavas de final, de hoje até terça-feira. A Argentina está fora do torneio. Isso diz muito sobre o momento contraditório das seleções e dos clubes dos dois principais países do futebol sul-americano.
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A Argentina é a atual campeã da Copa do Mundo, bi da Copa América e candidatíssima a conquistar o tetra em 2026, aqui nos Estados Unidos. Lidera com folga as Eliminatórias do continente. Em um campeonato por pontos corridos, seria campeã com muitas rodadas de antecedência. Dá gosto ver o time de Lionel Scaloni jogar!
Em contrapartida... Os clubes argentinos definham na Libertadores e passam vexame na Copa do Mundo de Clubes. Nossos vizinhos não conquistam o principal torneio da América do Sul desde 2018, quando o River Plate superou o Boca Juniors na apoteótica finalíssima disputada no Santiago Bernabéu, em Madri, na Espanha, por questões de segurança para a realização no Monumental de Núñez, em Buenos Aires.
A Seleção Brasileira enfrenta crise sem precedentes. O italiano Carlo Ancelotti é o quarto técnico no ciclo para a Copa de 2026. Assumiu a prancheta depois das passagens do interino Ramon Menezes e dos colegas Fernando Diniz e Dorival Júnior pelo cargo.
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Em contrapartida... Os times brasileiros são hegemônicos na Libertadores. Todos os títulos de 2019 para cá são de clubes do nosso país. Em mais uma prova de força, o Brasil é o único país da América do Sul representado nas oitavas de final da Copa do Mundo de Clubes. Botafogo, Flamengo, Fluminense e Palmeiras avançaram.
Dois deles derrotaram adversários do Velho Mundo na fase de grupos. O Botafogo superou o Paris Saint-Germain por 1 x 0 na estreia e encerrou 13 anos de jejum dos times brasileiros contra europeus em jogos oficiais. O último havia sido do Corinthians contra o Chelsea na final do Mundial de 2012, no Japão. Na Copa deste ano, o Flamengo protagonizou virada por 3 x 1 diante do Chelsea, na Philadelphia, e ajudou a lavar a alma nacional ao lado do Botafogo.
Por falar na presença maciça dos brasileiros nas oitavas, a lista dos classificados retrata a ordem econômica no mercado das ligas nacionais. Manda quem tem mais dinheiro. Os principais mercados ostentam times entre os 16 candidatos ao título.
O Big 5, como são chamados os cinco nacionais mais badalados da Europa, estão representados no “mata” das oitavas: Inglês (Manchester City e Chelsea), Alemão (Bayern de Munique e Borussia Dortmund), Italiano (Internazionale e Juventus), Francês (Paris Saint-Germain) e Espanhol (Real Madrid). Portugal não figura entre os cinco, mas é a principal porta de entrada para brasileiros. O Benfica representa o país.
Mais rico da América do Sul, o Brasil emplacou Botafogo, Flamengo, Fluminense e Palmeiras. A Concacaf, agregadora de países das Américas Central, do Norte e Região do Caribe, tem um time da Liga MX do México (Monterrey) e outro da MLS dos EUA (Inter Miami). Nova Meca da bola, a Arábia Saudita conta com o Al Hilal, ex-time de Neymar e do técnico Jorge Jesus. O dinheiro continua comprando felicidade no futebol.
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