A melhor notícia da bela exibição da Seleção na vitória de ontem por 5 x 0 contra a Coreia do Sul são as três assistências dos três homens do meio de campo do Carlo Ancelotti para três dos cinco gols do ataque veloz e furioso formado por Estêvão, Vinicius Junior e Rodrygo, em Seul.
O sistema tático do Brasil foi o 4-2-3-1. Estêvão jogava aberto na direita. Matheus Cunha fazia o falso camisa 10, como se fosse meia ou ponta de lança, diria o meu avô Deco. Atuava atrás do falso centroavante Vinicius Junior. Rodrygo ocupava a faixa esquerda. Aliás, reivindicação dele no Real Madrid. O posicionamento não era de time de totó. Havia mobilidade, trocas de função.
O desenho não é aleatório. Saiu do papel no jogo da classificação para a Copa contra o Paraguai, em São Paulo; e diante do Chile, no Maracanã. Esse é um dos modelos de Carlo Ancelotti para a Copa. Um formato capaz de confundir os adversários. Trata-se de um 4-2-4, 4-3-3 ou 4-2-3-1? Virou 3-2-5 na fase mais aguda, com o lateral-direito Vitinho mais solto para apoiar Estêvão, e o lateral-esquerdo Douglas Santos virando terceiro zagueiro ao lado de Éder Militão e de Gabriel Magalhães. Carlo Ancelotti e o futebol moderno adoram jogadores com esse perfil. Testou Danilo nessa função na estreia contra o Equador. Agora, firma Douglas Santos do outro lado. Carlos Augusto sabe cumprir essa tarefa na Internazionale, e Alex Sandro no Flamengo.
O sistema tático do Brasil foi o 4-2-3-1. Estêvão jogava aberto na direita. Matheus Cunha fazia o falso camisa 10, como se fosse meia ou ponta de lança, diria o meu avô Deco. Atuava atrás do falso centroavante Vinicius Junior. Rodrygo ocupava a faixa esquerda. Aliás, reivindicação dele no Real Madrid. O posicionamento não era de time de totó. Havia mobilidade, trocas de função.
O desenho não é aleatório. Saiu do papel no jogo da classificação para a Copa contra o Paraguai, em São Paulo; e diante do Chile, no Maracanã. Esse é um dos modelos de Carlo Ancelotti para a Copa. Um formato capaz de confundir os adversários. Trata-se de um 4-2-4, 4-3-3 ou 4-2-3-1? Virou 3-2-5 na fase mais aguda, com o lateral-direito Vitinho mais solto para apoiar Estêvão, e o lateral-esquerdo Douglas Santos virando terceiro zagueiro ao lado de Éder Militão e de Gabriel Magalhães. Carlo Ancelotti e o futebol moderno adoram jogadores com esse perfil. Testou Danilo nessa função na estreia contra o Equador. Agora, firma Douglas Santos do outro lado. Carlos Augusto sabe cumprir essa tarefa na Internazionale, e Alex Sandro no Flamengo.
- Leia também: Os tentáculos do sportswashing
Mas voltemos à boa notícia. O Brasil tem uma crise no meio de campo. A Argentina, atual campeã da Copa do Mundo, e a Espanha, da Eurocopa, fazem da meiúca o principal argumento para o favoritismo na Copa de 2026. Lionel Scaloni ostenta De Paul, Paredes, Mac Allister e Enzo Fernández. Sem contar Almada e Mastantuono. A Espanha desfruta de Rodri, Fabián Ruiz, Dani Olmo, Gavi, Pedri... Carlo Ancelotti tinha Modric e Kroos no Real. Na Seleção, se vira com um par de meias e um falso 10.
Bruno Guimarães deu passe em profundidade belíssimo para Estêvão abrir o placar. A assistência do primeiro gol de Rodrygo nasce de um passe curto de... Casemiro! O quinto, de Vinicius Junior, é obra de um meia postiço, o ponta de lança Matheus Cunha. Foi assim também no gol do atual Fifa The Best contra o Paraguai, em São Paulo. Há sintonia fina entre Vini e Cunha.
Das duas uma: a Coreia do Sul foi ingênua ao dar liberdade a Casemiro e Bruno Guimarães ou subestimou a capacidade do par de volantes-meias predileto de Carlo Ancelotti.
Dois gols não tiveram influência do meio de campo. O segundo de Estêvão, nosso candidato a “Lamine Yamal” na Copa, é pressão do craque de 18 anos na saída de bola. O outro resgata a dupla Vini e Rodrygo. Juntos, eles formaram a dupla de ataque do Real Madrid na conquista da Champions League de 2024. O garçom Vinicius Junior serviu o amigo Rodrygo no lance letal.
Era para termos certezas a essa altura do ciclo para a Copa de 2026, mas as três trocas de técnico no percurso acidentado herdado por Carlo Ancelotti alimentam mais esperança do que convicções. Aguardemos as cenas dos próximos capítulos contra o Japão, na terça, em Tóquio. Devagar com o andor que o os falsos meias e o sonho do hexa (ainda) são de barro.
