Ciro Gomes diz que prefere disputar segundo turno com Bolsonaro

Ex-ministro diz que a alta rejeição de Bolsonaro facilitaria a disputa em eventual segundo turno das eleições presidenciais

Bernardo Lima*

postado em 03/02/2022 13:44

(crédito: PT/Reprodução; Agência Brasil/Reprodução; Redes Sociais/Reprodução)

O pré-candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) afirmou nesta quinta-feira (3/2) que, se pudesse escolher, enfrentaria o presidente Jair Bolsonaro (PL) em um eventual 2º turno das eleições.

Em entrevista à Rádio Capital FM, o pedetista disse que prefere disputar o segundo turno com Bolsonaro e não com Lula. “Qualquer um de nós gostaria”, afirmou.

Ciro citou a alta rejeição do atual presidente para justificar a escolha.“O segundo turno é um jogo de rejeição. A rejeição de Bolsonaro é disparada a pior. Então, se eu pudesse escolher, era melhor ir com ele”, completou.

Pesquisa Datafolha divulgada em dezembro apontou que a atual gestão é rejeitada por 53% da população, o patamar mais alto desde o início do mandato de Bolsonaro.

Além disso, para Ciro, Lula já está garantido no segundo turno, por ter de 25% a 30% de intenções de votos de “fanáticos”.

“O Lula tem 25% a 30% de fanáticos. Bolsonaro tem 15% a 20% de fanáticos. E nós precisamos, com respeito a todos eles, construir um caminho para que quem não é fanático entre nessa eleição pensando no Brasil, nos nossos problemas e como resolve-los.”.

O pedetista também voltou a criticar Sergio Moro, chamando o ex-juiz e pré-candidato do Podemos de “estagiário”.

“O Moro não é o do ramo. Deixa eu dizer isso com todo o respeito porque é um adversário, mas a gente não pode correr mais risco de estagiário na Presidência da República.”

Em nova pesquisa Ipespe, divulgada na última quinta-feira (27/1), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece na liderança do cenário estimulado para o primeiro turno com 44%, contra 24% do presidente Jair Bolsonaro (PL). Na disputa da terceira via os ex-ministros Sergio Moro (Podemos) e Ciro Gomes (PDT) empataram com 8% das intenções de voto.

*Estagiário sob supervisão de Vinicius Nader