Carlos Bolsonaro critica agenda verde: "Controle social e financeiro"

Comentário de Carlos Bolsonaro vem após a reeleição do presidente Emmanuel Macron. O francês é um crítico ao governo Bolsonaro e pode atrapalhar a ratificação do acordo Mercosul-UE

Deborah Hana Cardoso

postado em 25/04/2022 17:15 / atualizado em 25/04/2022 18:59

(crédito: Sergio Lima/AFP)

O vereador do Rio de Janeiro e filho “02” do presidente Jair Bolsonaro (PL), Carlos Bolsonaro (Republicanos), criticou a agenda verde em sua rede social nesta manhã (25/4). Ele chamou de "muito bacana a intenção", mas que, por trás, há uma imposição de “controle social e financeiro”.

“Toda a agenda tem muito método, usando o politicamente correto que avança de forma galopante sem que as pessoas percebam”, escreveu. Ele ainda destacou que é bom “para a democracia comentar sobre este e outros assuntos interligados”, ou não, enquanto não viram assuntos “democraticamente proibidos”.

Toda a agenda tem muito método, usando o politicamente correto que avança de forma galopante sem que as pessoas percebam.

É bom para a democracia comentar sobre este e outros assuntos interligados ou não enquanto ainda não viram “democraticamente proibidos”. Anote!

— Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) April 25, 2022

O comentário vem na esteira da reeleição de Emmanuel Macron, presidente francês que é um crítico à política ambiental brasileira. O documento elaborado para a ratificação do acordo comercial Mercosul e União Europeia (UE) foi feito pelo governo da França, mas outros países do bloco também têm como condicionante a preservação da Amazônia.

“O atual desmatamento nos países do Mercosul, que pode ser consequência de políticas adotadas, é muito preocupante e não atende os objetivos estabelecidos no Acordo de Paris e na Convenção das Nações Unidas sobre mudanças climáticas”, diz o documento.

Ainda em janeiro de 2021, Macron disse que depender da soja brasileira era endossar o desmatamento. "Somos coerentes com nossas ambições ecológicas. Lutamos para produzir soja na Europa", disse o chefe de Estado francês à época.