ELEIÇÕES 2022

Na margem de erro? Veja as principais divergências das pesquisas do 1º turno

Resultado da apuração das urnas neste domingo (2/10) evidenciou alguns equívocos nos levantamentos realizados pelos institutos antes do primeiro turno da votação

Danilo Queiroz
postado em 02/10/2022 23:50 / atualizado em 03/10/2022 00:01
 (crédito:  Ed Alves/CB/D.A Press)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

Tratadas como esquenta do cenário eleitoral, as pesquisas de intenção de voto costumam surgir em todo o território nacional com meta de ilustrar a situação política do país antes mesmo de os brasileiros irem às urnas. Porém, mesmo com todas suscetíveis a erros, discrepâncias nas amostragens chamaram a atenção no pleito de 2022. O avanço da marcha da apuração evidenciou equívocos em algumas amostragens contratadas durante as campanhas, como vitórias em primeiro turno não confirmadas, inversão de posição entre candidatos e avanço não previsto de nomes na disputa por votos.

Na corrida presidencial, a maior discrepância foi da Brasmarket. Indo na direção contrária da maioria dos levantamentos, o instituto apontou, na última sexta-feira (30/9), vantagem Jair Bolsonaro (PL). Na pesquisa estimulada (quando os nomes são apresentados ao entrevistado), o instituto apontou 45,4% das intenções de voto para o atual chefe do Executivo, enquanto Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apareceu com 30,9%. A diferença em relação ao real desempenho do petista foi de quase 13%. A margem de erro era estimada em apenas 2,45 pontos percentuais para mais ou para menos.

A disputa pelo Palácio do Planalto também apresentou divergência em levantamentos de institutos de maior renome. Na projeção mais otimista, realizado pelo Ipec, Lula chegou a figurar com 51% dos votos. O Datafolha também apontou uma possível vitória do petista no primeiro turno. Terceira colocada no pleito, Simone Tebet (MDB) esteve atrás de Ciro Gomes (PDT) em praticamente todas as pesquisas. Apenas em uma amostragem do Datafolha ela surgiu na posição final alcançada em 2022.

Na Bahia, houve uma inversão das posições das possibilidades apontadas pelas últimas pesquisas Datafolha e Ipec. Nos levantamentos divulgado no sábado (1º/10), ACM Neto (União Brasil) aparecia na liderança da preferência, com 51% dos votos, seguido por Jerônimo Rodrigues (PT), que marcava 40% no Ipec e 38% na Datafolha. Porém, conforme a macha da apuração avançou, o petista consolidou a liderança com 49%, enquanto o principal concorrente levou 40% dos votos. Os dois vão disputar o segundo turno pelo governo baiano em 30 de outubro.

Em Santa Catarina, os institutos não conseguiram prever a presença de Décio Lima (PT) no segundo turno. Nas três amostragens apuradas pelo instituto no estado, o petista apareceu na quarta posição, apesar de sempre mostrar evolução nas intenções de voto. Na apuração, ele levou a melhor sobre Moisés (Republicanos) e Gean Loureiro (União Brasil) para garantir presença no segundo turno contra Jorginho Mello (PL). No levantamento de sexta-feira (30/9), o candidato do partido de Jair Bolsonaro apareceu em primeiro e confirmou a posição neste domingo (2/10).

No Rio Grande do Sul, nenhuma pesquisa conseguiu prever a dificuldade enfrentada por Eduardo Leite (PSDB) para estar no segundo turno. Na maioria das estimativas, o candidato à reeleição aparecia na primeira colocação das intenções de voto. Na Real Big Data de sexta-feira (30/9), o tucano foi posicionado na liderança com 12% de frente para Onix Lorenzoni (PL). No fim das contas, o ex-ministro terminou o primeiro turno com 11% de dianteira. Leite passou sufoco e, por pouco, não ficou fora para Edegar Pretto (PT).

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