CPMI do 8 de janeiro

Advogado de Bolsonaro diz que hacker "mente, mente e mente"

Fabio Wajngarten, advogado de defesa do ex-presidente, rebateu nas redes, nesta quinta-feira (17/8), depoimento de Walter Delgatti Neto à CPMI que investiga os atos golpistas

Wajngarten:
Wajngarten: "É muita gente tentando buscar holofotes e fogo. Haja bombeiros para reconstruir a verdade" - (crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Ândrea Malcher
postado em 17/08/2023 13:45

Fabio Wajngarten, advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), rebateu, nesta quinta-feira (17/8), o depoimento do hacker Walter Delgatti Neto à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura os atos golpistas de 8 de janeiro.

O advogado escreveu no Twitter que “em nenhum momento sequer cogitaram a entrada de técnicos de informática, muito menos alpinistas tecnológicos na campanha”.

“É muita gente tentando buscar holofotes e fogo. Haja bombeiros para reconstruir a verdade”, disse.

A defesa de Bolsonaro alega desconhecer qualquer reunião individual com o hacker e nega, ainda, que tenha existido qualquer grampo contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), conforme Delgatti detalhou durante a oitiva.

“NUNCA, JAMAIS, houve grampo, nem qualquer atividade ilegal, nem não republicana, contra qualquer ente político do Brasil por parte do entorno primário do presidente. Mente e mente e mente”, escreveu o advogado.

Wajngarten ironizou o hacker, alegando que, “para o depoente de hoje, o presidente seria um Spielberg de temas eleitorais”.

Delgatti disse hoje à CPMI que, mediado pela deputada Carla Zambelli (PL-SP), se reuniu com o ex-presidente Bolsonaro, que pediu ao hacker que criasse um código-fonte que pudesse colocar em dúvida o sistema eleitoral. Para tanto, como afirmou em seu depoimento, teria sido enviado cinco vezes ao Ministério da Defesa para aprender sobre o funcionamento das urnas eletrônicas.

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