A fuga de dois presos de um presídio federal de segurança máxima em Mossoró, no interior do Rio Grande do Norte, nesta quarta-feira (14/2), trouxe à tona a primeira crise para Ricardo Lewandowski, que assumiu o Ministério da Justiça há menos de 15 dias, sucedendo Flávio Dino. O episódio marca a primeira fuga na história do sistema penitenciário federal, desencadeando exigências de explicações por parte da oposição ao governo Lula.
O ocorrido gerou críticas à eficácia de políticas de segurança implementadas até o momento. O deputado federal Rodolfo Nogueira (PL-MS) anunciou intenção de convocar Lewandowski para prestar esclarecimentos sobre o ocorrido, sublinhando que é “inadmissível que fugas ocorram em presídios federais”.
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“O ministro Lewandowski precisa vir à Comissão de Segurança Pública prestar esclarecimentos sobre esse gravíssimo ocorrido”, afirmou Nogueira.
A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) expressou indignação com o acontecimento. Ao Correio, ela enfatizou a necessidade de um plano nacional de segurança mais eficaz para enfrentar o avanço do crime organizado.
“Deixa a todos nós perplexos e causa uma grande indignação, pois testemunhamos no passado o quanto os governos do PT eram negligentes com a segurança pública e agora vemos tudo acontecer novamente”, observou.
“Quanto ao novo ministro da Justiça, reconheço sua inteligência e saber jurídico, mas infelizmente não vemos uma boa perspectiva, até pelo histórico de posicionamentos dele e de seu antecessor. O crime organizado avança e não vemos um plano nacional de segurança com a eficácia necessária para pará-lo”, completou.
O presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, deputado federal Ubiratan Sanderson (PL-RS), por meio das redes sociais, classificou a fuga como um retrato do caos na segurança pública do Brasil, criticando a falta de vontade política do governo federal em enfrentar as facções criminosas.
“É o exato retrato do caos que virou a segurança pública do Brasil. Vamos sobrar todas as informações a respeito e a imediata apuração sobre as gravíssimas fugas”, publicou.
Outros parlamentares, como os deputados federais Coronel Telhada (PP-SP) e Sargento Portugal (Podemos-RJ), solicitaram medidas mais enérgicas contra os criminosos e defenderam a prisão perpétua para os fugitivos, inexistente no Brasil.
“Resultado quando se tem um governo que quer tratar bandido como ‘coitadinho’”, disse Telhada.
De acordo com fontes no Ministério da Justiça, ouvidas na condição de anonimato pelo Correio, ambos os deputados apoiaram a ida de Lewandowski à Câmara para prestar esclarecimentos.
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