Congresso

CPI ouve ex-árbitro acusado de cobrar propina para interferir em jogos

O ex-árbitro Glauber Cunha é suspeito de ter cobrado propina em jogo do Campeonato Carioca

CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportiva (CPIMJAE) realiza reunião para ouvir ex-árbitro de futebol e obter informações sobre suspeitas de manipulação em resultados.

     -  (crédito:  Marcos Oliveira /Agência Senado)
CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportiva (CPIMJAE) realiza reunião para ouvir ex-árbitro de futebol e obter informações sobre suspeitas de manipulação em resultados. - (crédito: Marcos Oliveira /Agência Senado)

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas do Senado Federal recebe, na tarde desta segunda-feira (13/5), o ex-árbitro Glauber do Amaral Cunha em sessão secreta. Glauber apitou jogos  da terceira divisão do Campeonato Carioca e se tornou suspeito após depoimento do norte-americano John Textor, acionista majoritário do clube carioca Botafogo.

O senador Carlos Portinho (PL-RJ), autor do requerimento que pede para que a reunião seja secreta, justifica que "a confidencialidade é fundamental para garantir a cooperação total do depoente e para preservar a integridade do processo de investigação”. Portinho também diz que uma sessão secreta proporciona um ambiente no qual o depoente se sente confortável para falar detalhes importantes sem receio.

Glauber Cunha é suspeito de ter cobrado suborno para manipular o resultado de ao menos uma partida de uma divisão inferior do Campeonato Carioca. O nome dele teria sido mencionado por John Textor, principal acionista do Botafogo, em outra sessão secreta, onde forneceu à CPI um áudio onde supostamente Cunha admitiu ter marcado um pênalti questionável durante um jogo, mas diz que não teria recebido o pagamento que lhe foi prometido.  

O dono do Botafogo também declarou que clubes como São Paulo e Palmeiras teriam sido beneficiados, apesar de dizer que não faria acusações a clubes ou seus dirigentes.

Em sessões anteriores, Textor também alegou ter provas sobre manipulação de partidas no Campeonato Brasileiro de 2022 e 2023. As acusações são baseada na contratação feita pelo empresário americano de uma empresa francesa chamada Good game!, que avalia a arbitragem de jogo a partir de inteligência artificial.

*Estagiário sob supervisão de Pedro Grigori

 

  

 

 

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postado em 13/05/2024 17:58 / atualizado em 13/05/2024 18:01
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