Esplanada

Macedo desconversa sobre reforma ministerial, mas fala em "inimigos" no governo

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República negou que existam conversas sobre mudanças dentro do governo, mas deu a entender que há pessoas de olho em seu cargo

Ministro Marcio Macedo durante café com jornalistas nesta terça-feira -  (crédito: Graccho/ASCOM/SGPR)
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Ministro Marcio Macedo durante café com jornalistas nesta terça-feira - (crédito: Graccho/ASCOM/SGPR)

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Marcio Macedo, afirmou ter descoberto que tem “vários inimigos”, quando questionado sobre a reforma ministerial do governo federal. Ele negou que tenha havido conversa sobre troca de ministros, mas comentou que há “muitas pessoas querendo” o seu lugar.

“Estava conversando com um companheiro meu ontem e ele dizia ‘tem gente que quer o seu lugar, tem gente também que está aproveitando isso para desviar os problemas de outro lugar e tem gente que quer te desgastar no processo político’. Isso faz parte da política. Convivo com isso com muita tranquilidade”, declarou o chefe da pasta responsável pela articulação com movimentos sociais.

A reforma ministerial é aguardada para o próximo ano e é comum, após eleições municipais. Desde a última troca do governo na gestão de ministérios, no início deste ano, o nome de Macedo já era cotado para deixar a gestão.

A possibilidade voltou à tona desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a comunicação do governo, chefiada pelo ministro da Secretaria da Comunicação, Paulo Pimenta, no início do mês. Passou a circular nos bastidores, então, a possibilidade de Pimenta ser remanejado para a pasta ocupada atualmente por Macedo.

Apesar de negar que a reforma ministerial esteja sendo tratada dentro do governo, ele deixou um recado sobre a possibilidade de outra pessoa tomar o seu posto no ministério. “Eu achava que não tinha inimigos, depois, descobri que tenho um monte”, disse.

“Eu venho do Brasil profundo. Eu não sou de São Paulo, nem do Sul, nem do Sudeste. Sou filho de um camponês com uma dona de casa, que nasceu no interior do Nordeste brasileiro. Fui salvo pela educação”, declarou ainda o ministro.

“Deve incomodar muito ver alguém do povo, militante, no topo. Me preparei ao longo da minha vida tecnicamente e politicamente para servir ao projeto que eu acredito de país”, finalizou.

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Mayara Souto
postado em 17/12/2024 12:19