Anistia

"A anistia está mais viva do que nunca", diz relator em ato no RJ com Bolsonaro

Rodrigo Valadares (União Brasil-SE), relator do projeto de lei da anistia diz que eles foram anistiados por cometerem crimes e que os presos do 8 de janeiro são inocentes

Relator do PL da anistia na Câmara dos Deputados ataca artistas anistiados na ditadura militar -  (crédito: Reprodução Youtube Silas Malafaia Oficial)
Relator do PL da anistia na Câmara dos Deputados ataca artistas anistiados na ditadura militar - (crédito: Reprodução Youtube Silas Malafaia Oficial)

O ato em Copacabana (RJ) a favor da anistia, promovido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e apoiadores, começou com o discurso do relator do Projeto de Lei da anistia na Câmara dos Deputados, deputado Rodrigo Valadares (União Brasil-SE). Em seu discurso, Valadares afirmou que artistas condenam a proposta de anistia hoje, mas foram anistiados no passado por cometerem crimes durante a ditadura militar.

"E a gente vê, presidente Valdemar, artistas falarem sem anistia, artistas que foram beneficiados por anistia no passado. Mas diferente dessa, eles foram beneficiados por terem matado, sequestrado banco, cometido assalto, por fazerem guerrilha. E a gente está tratando aqui de anistia para pessoas inocentes", declarou.

Valadares também disse que virou relator do PL graças à Bolsonaro e que a aprovação do projeto, que parecia ser um sonho distante, está mais perto de acontecer. "Por causa deste homem aqui (Bolsonaro), eu sou o relator do PL da anistia! E quando iniciamos, parecia um sonho longo, um gigante a ser derrubado. E quantas vezes decretaram a morte da anistia? Quantas vezes falaram que a anistia estava morta? Mas eu venho para falar uma palavra de esperança, presidente: a anistia está mais viva do que nunca. Nós iremos aprovar a anistia aqui no Brasil", afirmou.

O deputado sergipano também defendeu que haverá justiça para os presos pelo 8 de janeiro de 2023 e citou um versículo da bíblia que também fala sobre corrupção no judiciário. Fala vem após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin marcou para 25 de março o julgamento da denúncia contra o ex-presidente. "Há maldade embaixo do sol, há injustiça aonde deveria haver justiça, e que até os tribunais são corruptos", mas a mesma palavra de Deus diz 'que os justos e os perversos serão julgados' e nós estaremos lá para ver e contemplar a justiça do senhor", disse.

O deputado ainda afirmou que as pessoas poderiam usar armas contra eles, mas que eles tinham o senhor do exército. "Vocês podem vir com as armas, com as espadas, vocês podem vir com as armas humanas, mas nós vamos em nome do senhor do exército!", brandou aos apoiadores na praia de Copacabana.

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Eduarda Esposito
postado em 16/03/2025 11:34
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