RIO DE JANEIRO

Lula critica elite e reforça defesa da educação durante visita à fábrica

Em visita ao Rio, presidente volta a criticar elite, defende valorização do salário mínimo e diz que país precisa superar o ódio político.

"O país mais alegre do mundo, de repente foi tomado pelo ódio", disse Lula. - (crédito: Ricardo Stuckert/PR)

Durante uma visita à fábrica da montadora Nissan em Resende (RJ), nesta terça-feira (15/4), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a levantar bandeiras que marcaram a trajetória política dele: a valorização da educação pública, o combate às desigualdades e a crítica direta à elite econômica brasileira.

Sem meias palavras, Lula voltou a repetir que, apesar de anteriormente ser um operário “formado no Senai”, tornou-se um dos presidentes que mais investiu nas universidades e nos institutos federais no Brasil.

O discurso, carregado de tom crítico e político, também trouxe um olhar sobre os desafios sociais e econômicos enfrentados por milhões de brasileiros. Para o presidente, garantir o acesso ao ensino superior e à formação técnica é uma das principais ferramentas para romper o ciclo da pobreza e diminuir a dependência de programas sociais. 

Lula aproveitou a ocasião para defender a política de valorização do salário mínimo, uma pauta que tem gerado tensão com setores empresariais. Segundo ele, os empregadores muitas vezes reclamam do valor do mínimo sem enxergar o trabalhador como parte ativa da economia. “R$ 1.000 não é alto, nem de 1.500. Ao invés de olhar a pessoa como empregada, assalariada, olha ela como consumidor“, argumentou.

Além das pautas econômicas, o presidente lamentou o clima de intolerância que, segundo ele, tem crescido no país nos últimos anos. “Não é possível que esse país, que era o país mais querido do mundo, esse país era o país mais alegre do mundo, de repente foi tomado pelo ódio”, pontuou se mostrando preocupado com o impacto desse ambiente nas relações pessoais e familiares

A fala desta terça-feira vem na esteira de outro discurso feito no início da semana, em que Lula já havia acusado a elite brasileira de torcer contra o acesso dos pobres à educação. Para o presidente, ainda há resistência de setores privilegiados à ascensão social das classes populares.

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postado em 15/04/2025 23:15
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