
O ministro Alexandre de Moraes negou, nesta terça-feira (17/6), o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para anular a delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência. Segundo o magistrado, a solicitação é "impertinente" ao atual momento da ação penal que investiga a tentativa de golpe de Estado.
Moraes ressaltou que o "atual momento processual é absolutamente inadequado" para o que ele considerou como "requerimentos impertinentes". Na decisão, o relator analisou outros pedidos de diligências apresentados pelos demais réus do núcleo crucial da trama golpista.
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Na semana passada, a revista Veja publicou mensagens que teriam sido enviadas por Cid por um perfil da rede social em nome de “GabrielaR702”. No interrogatório do militar ao STF, o advogado de Bolsonaro, Celso Vilardi, questionou se o réu havia conversado sobre o conteúdo de sua delação com outras pessoas pela internet. Ele negou.
Os advogados do ex-presidente pediram a anulação da delação e afirmaram ao Supremo que as mensagens mostram a "ausência de credibilidade da delação" de Mauro Cid.
Na sexta-feira, o ministro Alexandre de Moraes deu um prazo de 24 horas para a Meta, dona do Instagram, apresentar dados cadastrais do perfil que teria sido usado por Cid. A plataforma ainda não prestou esclarecimentos à Corte.
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