Congresso

Motta vira alvo de memes depois de aumento no número de deputados

Internautas fizeram brincadeiras com as exigências do presidente da Câmara por mais responsabilidade fiscal por parte do governo

Usuários do X ressuscitaram imagem de Motta bebendo uísque no último fim de semana para insinuar que o presidente da Câmara quer mais emendas -  (crédito: Reprodução/X)
Usuários do X ressuscitaram imagem de Motta bebendo uísque no último fim de semana para insinuar que o presidente da Câmara quer mais emendas - (crédito: Reprodução/X)

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), virou alvo de memes nas redes sociais nesta quinta-feira (26/6) depois de o Congresso derrubar ontem o decreto que aumentava as alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e aprovar o aumento no número de deputados federais de 513 para 531.

Motta publicou, em seus perfis, um vídeo gravado no plenário da Câmara dizendo que o dia de ontem foi de “muito trabalho”. “Tivemos um dia muito importante para o país. (...) Começamos votando o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que sustou o aumento do IOF. Essa construção se deu de forma suprapartidária e com a maioria expressiva”, disse ele.

Nos comentários, usuários fizeram montagens de Motta em cima de pilhas de dinheiro e dizendo que seria preciso cortar gastos com programas sociais para melhorar as contas. Alguns também resgataram o vídeo de Motta bebendo uísque direto de uma garrafa no último fim de semana em uma festa junina na Paraíba.

Veja as respostas:

 

Entenda

Desde que o governo editou o decreto que majorou as alíquotas do IOF, no fim de maio, há um desconforto entre a cúpula do Congresso e a equipe de articulação política do Planalto. O Legislativo disse que a medida do Ministério da Fazenda foi tomada sem consultar os presidentes da Câmara e do Senado e que não aceitaria mais aumentos de impostos.

Motta foi mais enfático na cobrança por alternativas ao aumento do IOF e chegou a dizer, publicamente, que o Executivo não poderia “gastar sem freio e depois passar o volante para o Congresso segurar”.

“O Estado não gera riqueza — consome. E quem paga essa conta é a sociedade. A Câmara tem sido parceira do Brasil ajudando a aprovar os bons projetos que chegam do Executivo e assim continuaremos. Mas quem gasta mais do que arrecada não é vítima, é autor. O Executivo não pode gastar sem freio e depois passar o volante para o Congresso segurar”, escreveu Motta em seu perfil no X em 26 de maio.

Da insatisfação do Congresso, veio um acordo entre Fernando Haddad (Fazenda), Motta e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), para aumentar impostos em determinadas áreas ou impor taxas a setores que eram isentos. O resultado foi uma MP, que está em discussão no Congresso. Os líderes do Legislativo, no entanto, não se comprometeram com a aprovação das medidas, que são impopulares.

Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular

postado em 26/06/2025 16:48 / atualizado em 26/06/2025 17:56
x