
A ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, declarou nesta segunda-feira (7/7) que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, “deveria cuidar de seus próprios problemas” e não fazer comentários sobre o processo judicial brasileiro.
A fala ocorreu pouco depois que Trump publicou um texto em sua rede social, a Truth Social, afirmando que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sofre perseguição por parte do Judiciário brasileiro.
“Donald Trump está muito equivocado se pensa que pode interferir no processo judicial brasileiro. O tempo em que o Brasil foi subserviente aos EUA foi o tempo de Bolsonaro, que batia continência para sua bandeira e não defendia os interesses nacionais”, escreveu Gleisi em sua conta no X (antigo Twitter).
Gleisi acrescentou que Bolsonaro responde contra crimes contra a democracia e contra o processo eleitoral brasileiro.
"Não se pode falar em perseguição quando um país soberano cumpre o devido processo legal no Estado Democrático de Direito, que Bolsonaro e seus golpistas tentaram destruir. O presidente dos EUA deveria cuidar de seus próprios problemas, que não são poucos, e respeitar a soberania do Brasil e de nosso Judiciário”, acrescentou.
Donald Trump está muito equivocado se pensa que pode interferir no processo judicial brasileiro. O tempo em que o Brasil foi subserviente aos EUA foi o tempo de Bolsonaro, que batia continência para sua bandeira e não defendia os interesses nacionais. Hoje ele responde pelos…
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) July 7, 2025
Trump fez aceno a Bolsonaro
Trump publicou um texto em defesa de Bolsonaro no fim da manhã. Segundo ele, o ex-presidente brasileiro “não é culpado de nada”, e que Bolsonaro e seus familiares sofrem uma “caça às bruxas” no país.
“O único julgamento que deveria estar acontecendo é o julgamento pelos eleitores do Brasil – chama-se eleição. Deixem o Bolsonaro em paz!”, escreveu Trump.
Jair Bolsonaro está sendo julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) suspeito de ter comandado uma tentativa de golpe de Estado entre 2022 e 2023, incluindo um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e outras autoridades.
Em março deste ano, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, mudou-se para os Estados Unidos e está dedicado a cobrar ações do governo Trump e de parlamentares norte-americanos contra o governo brasileiro e contra o ministro do STF Alexandre de Moraes.
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