
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou na manhã desta segunda-feira (14/7) que pretende cumprir integralmente seu mandato à frente da maior cidade do país. No entanto, não descartou uma possível candidatura ao governo do estado, caso seja convocado por seu aliado político, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
“Meu desejo é concluir os quatro anos de mandato”, declarou Nunes. Ainda assim, ponderou, se houvesse um apelo direto de Tarcísio, segundo ele, seria difícil recusar: “O que o Tarcísio me pedir eu não tenho como negar”, comentou à GloboNews.
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A fala evidencia o alinhamento entre os dois gestores, que têm mantido uma relação próxima e de cooperação institucional. “Tenho conseguido fazer muita coisa com o apoio dele”, afirmou Nunes, reforçando os laços políticos e administrativos entre a prefeitura da capital e o Palácio dos Bandeirantes.
Bolsonaro, Lula e o papel do MDB
Ricardo Nunes também falou sobre o cenário político nacional e defendeu o direito de Jair Bolsonaro (PL) disputar eleições. “A melhor decisão, opinião pessoal minha, não é porque ele me apoiou, porque o PL está na minha base, mas pelo que sinto como democrata, é que ele (Bolsonaro) deveria disputar eleições e a população definir”, apontou.
O ex-presidente Bolsonaro está inelegível até 2030 por decisão da Justiça Eleitoral.
Sobre o fato de o MDB, seu partido, integrar a base do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o prefeito evitou críticas diretas, mas sinalizou uma possível ruptura futura. “Não me incomoda, mas vai chegar um momento em que vai ser impossível o MDB ir com o Lula.” Para Nunes, o atual governo não tem demonstrado compromisso com a responsabilidade fiscal.
Críticas ao tarifaço de Trump
Ao comentar o impacto da política comercial dos Estados Unidos na economia paulista, Ricardo Nunes criticou o anúncio de novas tarifas feito por Donald Trump. Segundo ele, medidas como essa prejudicam diretamente os interesses do estado.
“São Paulo, de tudo o que é exportado para os EUA, 19% representam vendas para os EUA. Tarcísio tem que representar os interesses de São Paulo”, frisou. O prefeito ainda destacou que é contrário a qualquer tipo de taxação sobre produtos brasileiros. “Pode ser o Trump, pode ser a União Europeia — quem for colocar taxa sobre os produtos brasileiros, em especial os de São Paulo — a gente vai ser contra.”
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